segunda-feira, 22 de março de 2010

Cuidado divino na páscoa


Aquela semana que antecedia a festa da páscoa foi muito difícil.

O Mestre sabia que a hora de sua morte cruel estava chegando. Mesmo assim, ele sabe que além de sua obra redentora, ele tinha outra importante obra a fazer na vida de seus discípulos. Tratar de seus corações nunca fora algo de menor importância para ele. Tanto é verdade que esse trabalho continuou após a sua morte e ressurreição.

A maneira como ele tratou de alguns deles nos ensina de forma contundente de que aquele cuidado minucioso, intencional, amoroso e divino, como somente ele poderia fazer, continua bem real em relação a nós.

Quer saber como ele fez e ainda faz a reconstrução de corações dilacerados pelas trágicas experiências do passado, ou desesperados mediante a uma esperança frustrada? Então não deixe de participar conosco no mês de abril desta série de palestras.

Dia 04 de abril – Tratando feridas pelo amor
Dia 11 de abril – É apenas o começo...
Dia 18 de abril – Quando a esperança morre

domingo, 21 de março de 2010

O desejo de Deus


Uma semana antes do natal, um rico empresário visitou seu irmão, um pregador batista e deu-lhe um carro zero km de presente. O pregador sempre mantinha o carro novo na garagem debaixo dos olhos atentos de seu dono. Foi por isso que ficou surpreso quando chegou para pegar o seu carro certa manhã e viu um jovenzinho mal vestido com o rosto encostado numa das janelas do mesmo. O rapazinho não estava fazendo nada suspeito, obviamente apenas admirava o interior luxuoso do veículo.

“Olá, filho” disse o pregador. O menino olhou para ele e disse: “Esse carro é seu patrão?”. “Sim” respondeu Rui. “Quanto custou?”. “Não sei realmente o preço dele”. “Quer dizer que é dono do carro e não sabe quanto custou?”. “Não, não sei. Meu irmão me deu de presente”. Ao ouvir isso, os olhos do garoto se arregalaram surpresos. Ele pensou um pouco e disse depois com um ar de desejo sincero: “Eu queria... Eu queria...” Rui pensou que sabia como ele ia terminar a sentença. Pensou que diria: “Eu queria ter um irmão assim”. Mas ele não disse. O menino olhou para Rui e disse: “Eu queria SER um irmão assim”.

Quando li sobre esse epsódio, fiquei tocado não pelo presente que o milionário deu ao pastor. Apesar do presente caríssimo, creio que para alguém milionário não deve ter sido um sacrifício tão grande assim. O que de fato me causou espanto foi o desejo do menino de ser e não de ter um irmão milionário e desta forma poder ser bênção na vida de seu irmão. Quando na nossa vida a prosperidade não é tão aparente, que tipo de “centro de distribuição” podemos ser na vida das pessoas que nos cercam? Como podemos abençoar quando a nossa despensa está vazia? É possível ajudar quando eu estou precisando de ajuda? É possível buscar ajuda para alguém que sofre quando a minha vida ainda permanece no escuro da dor e do sofrimento?

A MULHER CANANÉIA

O texto de hoje nos fala de um encontro único por pelo menos três motivos. O primeiro é porque nele fica evidente de que a salvação não está limitada apenas ao povo de Israel. Pela primeira vez Jesus faz um milagre à distância fora dos domínios da nação de Israel e por último porque é a primeira vez que Jesus diz não a um pedido por ajuda.

Mateus 15.21-28 nos conta de uma mulher estrangeira que movida pelo sofrimento de sua filha, sai de sua casa e vai ao encontro de Jesus, Sua vida também estava envolvida em sofrimento. Mas o que fez essa mulher para alcançar a cura de sua filha? Vejamos.


Aqui somos apresentados a uma mulher que tinha uma filha com uma necessidade grave e urgente. A menina sofria de uma doença séria. Veja qual foi o diagnóstico da mãe: “Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada” Mateus 15.22b. A forma como Jesus tratou a situação parece que o diagnóstico da mãe estava errado e que a filha de fato estava era muito doente.

É interessante notar que em sua fala, ela não consegue camuflar o seu próprio sofrimento. Mas imediatamente ela se lembra da razão de se estar ali. Pede pela filha, ainda que tivesse muitos outros problemas pessoais. É óbvio que muito de seu sofrimento estava intimamente ligado ao sofrimento da filha, mas certamente havia outros. Mas, naquele momento não importava, sua busca era por sua filha que sequer a pode acompanhá-la.

Esse fato nos leva a perceber que quando nos envolvemos com o sofrimento alheio, a nossa dor parece diminuir. Por vezes podemos estar passando pelo vale da sombra da morte, a nossa fé pode parecer pequena, a nossa vida parece estar no escuro, mas quando nos dispomos a ajudar pessoas que sofrem, a interceder a Deus por elas, esquecendo-nos por um breve momento de nossa dor, isso agrada a Deus. Basta lembrarmos de que Deus restaurou a sorte do grande Jó, quando ele, deu um tempo em sua queixa e clamou pelos seus amigos.


Quando a mulher estrangeira encontra Jesus, ela começa a clamar em alta voz por ajuda. Seu clamor incomodou a tal ponto que os próprios discípulos pediram a Jesus que a despedisse e a mandasse embora. Ela, no entanto, sabia muito bem o que queria e não estava disposta a desistir. Chegou-se a Jesus, prostrou-se e adorou-o. Em seguida a atitude do Senhor nos causa espanto: “Ele, porém, não lhe respondeu palavra” Mateus 15.23a

È muito difícil entender as razões porque Jesus tomou essa atitude. Ele que sempre acolhe o coração que sofre aliviando sua dor, de repente parece não dar a mínima para o sofrimento dessa mulher estrangeira. Apesar disso, de não entender o que ele fez, temos que admitir, Deus trabalha no escuro. Alguma coisa estava sendo trabalhado na vida dessa mulher fora do alcance dos olhos, na alma. Deus certamente também trabalha quando fica em silêncio. Pode a vida ficar com cara de absurdo, pode o clamor soar sem resposta, mas a Palavra de Deus nos garante: “O choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria vem pela manhã”.


Diante do silencio de Jesus, essa mulher não desiste. O certo é que depois de viajar não sabemos por quanto tempo ou mesmo com quanto recurso financeiro, essa mulher não estava disposta a desistir, ainda que tivesse que ser humilhada. Ela sabia que precisaria vencer uma série de preconceitos para conseguir falar com o Mestre. Era mulher, e era bem sabido que era desonroso para uma mulher falar em público com um homem que não fosse seu parente. Era estrangeira, e como tal era menosprezada. Todavia, pelo bem de sua filha, ela estava disposta a passar por qualquer dificuldade desde que a menina fosse curada.

Diante de sua insistência, o Senhor resolve falar. “Não se dá o pão dos filhos aos cachorrinhos. Vim para os filhos de Israel e não para os estrangeiros”. Agora era demais! Primeiro ignora, depois ofende? Por bem menos conheço pessoas que diriam: “Olha aqui Senhor. Tudo bem que eu sou mulher estrangeira. Que vim buscar ajuda para minha filha. Mas daí me comparar com cachorro já é demais. O Senhor é muito mal educado. Se não quer me ajudar é só dizer, não precisa me humilhar”. Mas não! Você já parou para ver o que ela disse?

Ela surpreendentemente se humilhou e disse: “Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.” Mateus 15.27. Era o mesmo que dizer: “Tudo bem. Eu sei que não mereço o pão dos filhos, mas me dê nem que sejam as migalhas que caem da mesa deles. Eu sei que o muito sem Deus é pouco demais, mas o pouco sem ele, muito se faz”. Fantástico! Grande! Maravilhoso! Essa mulher surpreende até o Mestre que voltando-se para ela diz: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.”

Esta mulher não é daquelas pessoas que aceita o caos como natural. Não era daquelas pessoas que dizem: “Alguma coisa devo ter feito de errado para que essa menina tenha essa doença. Ou talvez, quem sabe, essa não é a minha cruz. Talvez essa seja a vontade de Deus para minha filha e para mim.” Não! Deus não planejou o sofrimento para a vida de ninguém. No seu plano maravilhoso ele planejou a vida abundante, feliz. O pecado é que destruiu tudo aquilo que tocou. Mas, no mundo planejado por Deus o sofrimento humano não foi sequer esboçado por ele. Não temos que aceitar o caos como natural, precisamos levar nossos pesados fardos, humildemente, aos pés daquele que pode mudar a nossa sorte.

CONCLUSÃO

O pastor Rui ficou tão intrigado com aquele menino que disse: “Olhe filho, quer dar uma volta?” O garoto respondeu imediatamente: “Claro que quero!” Os dois entraram no carro, saíram da garage e percorreram vagarosamente a rua. O menino passou a mão pelo tecido macio do assento dianteiro, aspirou o cheiro do carro novo, e tocou o painel. Depois olhou para o novo amigo e pediu, “Patrão, será que podia passar pela minha casa? Ela fica a duas quadras daqui”.

Rui supôs novamente saber o que o garoto queria. Ele pensou que seu desejo era mostrar o carro para alguns dos meninos da vizinhança. Por que não? Pensou. Orientado pelo jovem passageiro, Rui parou na frente de um velho conjunto habitacional.

“Patrão”, disse o menino quando pararam na esquina, “pode ficar aqui apenas um minuto?” Volto já! Rui concordou e o garoto correu para a entrada do prédio e desapareceu. Depois de uns cinco minutos, o pregador começou a imaginar onde o garoto teria ido. Ele saiu do carro e olhou para o alto da escadaria sem iluminação. Enquanto olhava, ouviu alguém descendo devagar. A primeira coisa que viu emergindo das sombras foram duas perninhas finas e tortas. Um momento depois, Rui compreendeu que era o menino carregando outra criança menor, evidentemente seu irmão.

O garoto colocou gentilmente o irmão na porta da calçada. “Viu?” Disse ele com satisfação. “É como eu lhe disse. É um carro novinho em folha. O irmão deu para ele e algum dia eu vou comprar um carro assim para você!”

Como disse, a generosidade deste menino pobre me deixa perplexo. Por que sonhava com uma prosperidade impossível? Para que pudesse gastá-la generosamente com o irmão! Eu gostaria de ser um irmão assim. Essa foi a motivação que desejei que o Senhor colocasse em minha vida. Se Deus vai me cobrir de bênçãos do seu depósito, eu quero ser também um abençoador. Estou convencido de mesmo estando no escuro Deus deseja que sejamos benção na vida de outros que sofrem.

Na verdade o próprio Jesus nos deixou exemplo de como podemos abençoar a vida daqueles que sofrem. Ele abriu mão de todo o conforto e prazer oferecido pelo Pai e se submeteu ao pior tipo de sofrimento para que através de seu sacrifício pudéssemos ter vida abundante. Em meio ao sofrimento ele não exigiu o cumprimento de seus direitos. Não reclamou. Como um cordeiro mudo morre lentamente. Apenas por amor, se dispôs a fazer o maior sacrifício em nosso benefício. Três dias depois ressuscitou e hoje vive para sempre. Que este exemplo nos inspire.

domingo, 14 de março de 2010

Louvor no escuro


A realidade do povo de Deus nunca foi um mar de rosas. Como sabemos, os israelitas foram escravizados no Egito por um longo tempo. Eles sofreram terrivelmente nas mãos daquele povo e foram atormentados com trabalhos pesados, chicotadas dolorosas, opressão, horrível desconforto, morte, etc (Êxodo 2.11). A angústia era tão grande que na história da sarça ardente, Deus disse a Moisés que já havia visto a aflição do seu povo, assim como já havia ouvido o seu clamor (Êxodo 3.7). Meu irmão, você pode imaginar o quão forte não era este clamor? Tenho certeza de que só uma pessoa que já viveu situação semelhante pode compreender a profundidade desta história bíblica. A agonia era indescritível e insuportável.

Mas houve um basta! A opressão estava prestes a ser interrompida. Deus ouviu as súplicas do seu povo e pessoalmente chamou um homem para falar em favor da libertação dos filhos de Israel: Moisés. Mas Moisés não queria ir ao Egito, ele tinha medo. Mesmo relutante ele aceitou e levou Arão consigo. Aí começou o processo de libertação e o início da longa história que você pode ler no livro de Êxodo.

Vamos abreviar a história. Após as dez pragas terem acontecido, o povo de Deus foi liberto e seguiu em direção ao solitário deserto. Porém, os soldados egípcios vieram atrás deles em perseguição. Num certo momento, os israelitas se depararam com um grande problema à sua frente: a imensidão do mar. Que situação de pavor, que horror, que circunstância desesperadora! Talvez muitos tenham gritado: “Não temos chance alguma!”. Eles estavam cercados, com o mar a frente, e os egípcios atrás. Neste exato momento, os filhos de Israel blasfemaram contra o Senhor e contra Moisés: ...e disseram a Moisés: Foi porque não havia sepulcros no Egito que de lá nos tiraste para morrermos neste deserto? Por que nos fizeste isto, tirando-nos do Egito? Não é isto o que te dissemos no Egito: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto. (Êxodo 14.11,12)



Mas veio a providência de Deus! A Bíblia relata no livro de Êxodo que se abriu o mar e o povo de Israel atravessou pelo meio, em terra seca. O que eles viam do seu lado eram apenas dois enormes e assustadores paredões d'água. Não nos é possível imaginar a admiração que cada israelita expressava na face. Talvez muitos deles pensaram que estavam tendo visões ou alucinações, devido ao calor ou a situação estressante. Mas não, aquilo era real!

Os egípcios bem que tentaram. Quando eles ansiosamente tentaram atravessar o mar para alcançar o povo de Deus, estes dois paredões d'água despencaram matando todos eles. O relato bíblico poderá ser lido abaixo: E os egípcios os perseguiram, e entraram atrás deles até o meio do mar, com todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros... Nisso o Senhor disse a Moisés: Estende a mão sobre o mar, para que as águas se tornem sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros. Então Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o mar retomou a sua força ao amanhecer, e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar. As águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros, todo o exército de Faraó, que atrás deles havia entrado no mar; não ficou nem sequer um deles. (Êxodo 14.23, Êxodo 14.26-28)

Que prodígio! Neste momento o povo de Israel percebeu a grande maravilha que Deus havia feito por eles, e talvez conheceram um pouco mais do Deus que eles serviam. Mas foi apenas após o milagre que eles caíram em si, e se “ligaram” que deveriam ter crido em Deus antes da bênção. “E viu Israel a grande obra que o Senhor operara contra os egípcios; pelo que o povo temeu ao Senhor, e creu no Senhor e em Moisés, seu servo”. (Êxodo 14.31)

Você sabe o que Moisés e os filhos de Israel fizeram logo após estes acontecimentos? Eles louvaram a Deus. Isto mesmo! Moisés (e todo povo) entoou um cântico que engrandecia a Deus pela vitória sobre o povo inimigo. “Então cantaram Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro...” (Êxodo 15.1)


Foi um episódio realmente maravilhoso, não foi? Deus mostrou o seu poderio de forma sobrenatural e muito peculiar. Mas este fato não é apenas bonito e maravilhoso, ele nos ensina uma valiosa lição de vida. Para que você entenda melhor desejo te fazer algumas perguntas: O que houve de errado nesta situação? Qual foi o erro que o povo de Israel cometeu e que muitas vezes nos passa despercebido quando lemos este texto? Qual foi a diferença entre o louvor de Moisés e o louvor dos filhos de Israel?

Preste atenção, o povo de Israel só se propôs a entoar um cântico depois que Deus havia livrado eles da mãos do adversário. No entanto, enquanto enfrentavam problemas e estavam em dificuldades, eles insistiam em continuar resmungando e blasfemando contra Deus, na pessoa de Moisés. A verdade é que os israelitas louvaram a Deus somente depois que atravessaram o mar, lá na outra margem. E é precisamente aqui que houve uma grande falha. Antes do milagre, Deus foi aborrecido e entristecido, pois o seu próprio povo duvidou dele ao invés de louvá-lo ou erguer cânticos como fizeram mais tarde. Muitos diziam: “Será que Deus nos tirou do Egito para que perecêssemos no deserto? Melhor tivéssemos ficado no Egito, aonde tínhamos pão e água!”. Alguns preferiram estar de volta ao Egito, terra de escravidão e sofrimento, do que permanecer nas mãos de Deus.

Meus queridos irmãos, quantas vezes executamos o mesmo processo em nossa vida? Quantas vezes agimos como o povo hebreu, duvidando de Deus nas angústias, mas louvando nas alegrias? Quantas vezes “chutamos o balde” dizendo: “Melhor tivéssemos ficado no mundo, aonde não tínhamos lutas como estas...!” ou “Deus não vai operar milagres em nossa Igreja?”. Quantas vezes estamos louvando a Deus só depois que atravessamos o mar, somente depois que o milagre e a provisão terem sido enviadas?

Deus deseja que nós o louvemos em todas as situações de nossas vidas! Nós devemos aprender a erguer cânticos nas situações mais adversas, onde parece que não há mais saída, e Deus irá em nossa frente para derrotar o problema. Devemos seguir o exemplo de Moisés, que ao contrário do restante do povo hebreu, permaneceu fiel ao Senhor nos tempos de aflição. É óbvio que é extremamente difícil fazer isto, ainda mais em circunstâncias onde parece não haver saídas, porém não é impossível. Se você estiver com dúvidas leia a história do aprisionamento de Paulo e Silas.

Muitas vezes nós temos extrema facilidade para entristecer a Deus diante dos pequenos problemas que encontramos. Por exemplo, não é difícil encontrar cristãos reclamando da igreja que é tradicional demais, do pastor que é mente fechada, da equipe de louvor que não tem entrosamento, dos estilos dos cânticos que são lentos ou rápidos demais, dos líderes chatos, e até mesmo encontramos irmãos irritados com Deus. São estes irmãos que louvam de forma errada, somente de um lado do mar! Têm disposição para louvar a Deus só em tempo de fartura, mas quando se deparam com um incômodo qualquer, blasfemam contra o Senhor! É realmente triste encontrar um grande número de pessoas nestas circunstâncias.
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Há um cântico baseado em um salmo, que quero compartilhar com você: Em todo o tempo eu te louvarei, ó Senhor, sempre estará nos meus lábios o teu louvor.. Que bom seria se este cântico fosse uma verdade nas nossas vidas. As coisas seriam bem diferentes, você não acha? Sabe o que foi que Moisés respondeu ao povo, enquanto eles caíam em reclamações sem fim? “Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que ele hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vistes, nunca mais tornareis a ver; o Senhor pelejará por vós; e vós vos calareis.” (Êxodo 14.13,14)

CONCLUSÃO

Meus queridos irmãos, eu os desafio a terem sempre em seus lábios um cântico de agradecimento e louvor ao Senhor. Não louvem a Deus apenas no lado bom da vida, mas se voltem para Deus em tempos difíceis também. Não devemos estar questionando a Deus o porquê de termos determinados problemas e aflições, mas devemos estar prontos a declarar: "Cristo, tu és meu refúgio, em quem posso confiar... coloco a minha confiança em Ti!", "O meu descanso e o meu socorro vem de Ti...", "Minha fortaleza é o Senhor...", "Te agradeço por me libertar e amar, por ter morrido em meu lugar te agradeço...".

Com certeza, Deus se alegrará em ver que você é fiel nos dois lados do mar, nos dois lados da vida! Aí é só esperar o milagre dele: “...os filhos de Israel caminharam a pé enxuto pelo meio do mar; as águas foram-lhes qual muro à sua direita e à sua esquerda. Assim o Senhor, naquele dia, salvou Israel da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.” (Êxodo 14.29,30)

domingo, 7 de março de 2010

10 anos em 4 horas (2ª Parte)


Parábola do Semeador

Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar; e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia. E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia:
Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram.
Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se.
Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram.
Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um. Quem tem ouvidos {para ouvir} , ouça.
Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por que lhes falas por parábolas? Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido. Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías: Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados.
Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque vêem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram. Atendei vós, pois, à parábola do semeador.
A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.
O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.
O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.
Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.

4 tipos de solo

A parábola do semeador nos ensina algumas verdades sobre o crescimento do Reino de Deus.

Observe que nos quatro tipos de terreno foi aplicada a mesma semente. Isso significa que o sucesso da semeadura não foi que sementes diferentes foram semeadas.

Nem tampouco, o sucesso ou não do empreendimento do semeador não foi porque em alguns não havia o elemento terra, em todos os solos havia terra.


O segredo da boa terra

O segredo do sucesso pode ser atribuído ao preparo do solo e o cuidado com a planta depois que ela brotou. Vejamos:

Preparada - A “boa terra” citada na parábola é descrita como aquela terra que recebeu todo o preparo para receber a semente. Desde o trabalho de um arado até a aplicação de adubo e água, proporcionando assim o nascimento do pequeno broto.

Semeadura - Aqui aprendemos que a Igreja foi feita para crescer, a semente é boa, mas precisamos estar atentos ao preparo do terreno (figura do coração humano nesta parábola) para que ao ser lançado a semente do evangelho o terreno possa produzir.

Cuidado com a muda (broto) - É preciso preparar o solo antes de efetuar a semeadura. A terra precisa ser afofada, retirar as pedras e os espinhos. Já quando ela nasce os cuidados continuam. É preciso continuar retirando tudo que possa prejudicar o seu crescimento. Alimentá-la com adubo e regá-la sempre com água é um trabalho que deverá ser feito com excelência.

Colheita – O texto diz que a semente lançada na boa terra produziu a 30, 60 e 100 por um. É interessante notar duas verdades: 1) Toda semente lançada na boa terra produziu e 2) Não podemos prever a capacidade de produção de cada semente. Por esta razão, o nosso trabalho não deve ser de estabelecer no fator quantidade, mas na qualidade.

O texto diz que toda semente plantada em boa terra produz. Se considerarmos a produção de 2 por 1 (bem abaixo do valor mínimo da parábola que é de 30 por 1), para cada dois anos (o dobro de tempo de uma planta), veja como poderemos crescer:




Todavia, devemos sempre nos lembrar que estamos apenas brincando com os números e que o nosso foco deve ser investir na qualidade do terreno onde pretendemos semear. Como fazer isso? Vamos as idéias sugeridas em nosso último encontro.















Tudo que fazemos como Igreja é para glória de Deus e, por isso, merece o melhor do que somos e do que temos – EXCELÊNCIA.

Como desenvolvemos a excelência?
Simples – Estabelecer e desenvolver alvos qualitativos. Como?



1) LIDERANÇA capacitadora e trabalho em harmonia e cumplicidade.
2) EQUIPES orientadas pelos dons dados por Deus a cada cristão.
3) ESPIRITUALIDADE contagiante que se desenvolve através dos relacionamentos saudáveis.
4) ESTRUTURAS funcionais, estabelecidas e moldadas a partir de ministérios existentes.

5) CULTO inspirador através da adoração informal, inclusiva, com pregação e música com integridade bíblica contextualizada.
6) GRUPOS de comunhão com ensino dinâmico e atual, com espaço para o cuidado mútuo intencional.
7) EVANGELIZAÇÃO criativa orientada para as necessidades dos não cristãos.
8) RELACIONAMENTOS marcados pelo amor fraternal traduzido em atitudes para com os que sofrem, através de orientação cristã, recursos financeiros e humanos.