domingo, 26 de setembro de 2010

Como ser feliz?


Peço que vocês fechem seus olhos e imaginem uma linda arvore com a folhagem verdinha, a brisa suave balançando essa folhagem. Imaginem essa linda arvore agora com aquela fruta que você mais gosta, e esses frutos bonitos e parecendo muito deliciosos. Ao fundo o som de água corrente bem perto dali. Você esta chegando perto da arvore e resolve pegar um de seus frutos e se alimentar deles.

Senhor nosso DEUS peço que o SENHOR fale aos nossos corações nesse momento através de SUA PALAVRA que será lida e da meditação que vamos fazer nELA em nome de JESUS amem!


Tenho certeza que a maioria de nós pensou em dinheiro, alguns em bens, outros em uma namorada ou um namorado e por ai vai...

Eu te convido a buscar junto comigo o que a PALAVRA DE DEUS fala sobre ser uma pessoa feliz:




Lembra da arvore que imaginamos grande, bonita e com frutos? Então essa arvore um dia foi simplesmente uma semente. Para essa semente crescer e um dia se tornar uma arvore como imaginamos ela precisou água para seu desenvolvimento.

O Salmista Davi que escreveu este salmo compara, a pessoa que tem satisfação na PALAVRA do SENHOR como essa arvore que está plantada a beira das águas correntes, e o que significa essas águas correntes?


Para nos desenvolvermos como essa arvore precisamos ter nossas raízes sendo alimentadas pela ÁGUA VIVA, e fazemos isso buscando nosso alimento na PALAVRA DE DEUS.

Quantas vezes nos alimentamos por dia? Café da manhã, almoço, café da tarde, janta, café da noite, fora as bobeirinhas que ficamos comendo entre essas refeições.

Quero que pense se você tem se alimentado da PALAVRA DE DEUS tantas vezes como tem alimentado seu corpo?

A PALAVRA DE DEUS é vida e nos trás ensinamentos apropriados para nosso desenvolvimento espiritual e como devemos agir no nosso dia a dia.

Paulo quando estava ensinando a Timóteo diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.” 2 Tm 3.16-17

Nós como sempre damos um jeitinho e podemos dizer: Eu não tenho tempo, o meu dia é muito corrido, acordo cedo, vou trabalhar e chego tarde não dá tempo pra nada!

Quero te alertar meu irmão, a sua muda de arvore está morrendo, sem o alimento diário necessário.

Jesus nos diz que devemos buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça e as demais coisas que precisamos nos serão acrescentadas. Mt 6.33

Hoje temos, aqui na igreja, varias pessoas se alimentando dessa ÁGUA VIVA através da devocional que fazem todos os dias, mesmo tendo que trabalhar e tendo compromissos e essas arvores estão crescendo.

Isso é uma coisa que você deve procurar fazer, não tem como outra pessoa se alimentar por você, ou tem?

Devocional é dedicar-se ao relacionamento intimo com DEUS, ou seja, separando um tempo no meu dia para a prática da oração, leitura, meditação e aplicação dessa PALAVRA em minha realidade diária.

Sendo assim, estarei me alimentando do SENHOR DEUS com minhas raízes fixadas nos SEUS conselhos.

No começo é difícil, pois não temos o costume e nossa natureza não quer ter esse contato, mas para nos desenvolvermos como a arvore que imaginamos, precisamos, tendo vontade ou não, nos alimentar da PALAVRA de DEUS.


Os ímpios ou seja aqueles que ignoram a DEUS, não o respeitam e fazem coisas más, que não quer se submeter a verdade absoluta de DEUS, que não tem suas raízes sendo alimentadas pela água que é a PALAVRA DE DEUS, essa muda de arvore morre, seca e é espalhada pelo vento, pois não tem força para resistir as dificuldades da vida.

Essa palha, não tem valor algum e só serve para uma coisa: ser queimada e destruída como esta acontecendo hoje em grande parte do nosso país, onde a seca fez com que houvesse muita palha e as queimadas juntamente com o vento destrói tudo.


Siga o conselho de DEUS e não daqueles que nem o conhecem.


Imite JESUS CRISTO e não aqueles que não têm compromisso com ELE.


Viva com DEUS todo tempo, e não fique em rodinhas zombando ou falando mal das pessoas.


Lembra da arvore frutífera que imaginamos e de seus frutos que alimentam, se você tiver suas raízes na AGUA VIVA, NA PALAVRA DE DEUS, você crescerá e um dia florescerá e dará frutos que abençoarão e servirão de alimento para outras pessoas.

Deus te abençoe muito e que você possa praticar a leitura e aplicação da PALAVRA DELE em sua vida diariamente.

Pb. Luizinho

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tudo para dar errado, mas deu certo.

Quando começamos a falar sobre a vida de Sansão, seu nascimento, voto e chamado, é natural que esperássemos que ele tivesse uma biografia cheia de vitórias. Mas o que vimos foi um homem que apesar de ter tudo para dar certo na vida, por viver sempre em busca de satisfazer seus desejos de maneira errada, ele passou pela história de seu povo sem conquistar uma única vitória em sua nação.

Mas, apesar de tudo isso, o povo judeu ainda tinha a promessa de Deus de que através de Sansão ele daria início ao processo de libertação deles da violência do povo filisteu. Mas, e agora? A notícia de que Sansão fora preso chegou com rapidez ao seu país. Será que Deus, pela primeira vez, não seria capaz de cumprir sua promessa por causa do pecado de um homem? Será que os planos de Deus, aqueles que a Bíblia afirma que jamais falham, não dependem só dele para serem cumpridos? O povo de Israel, olhando apenas para a situação em que Sansão se envolveu, tinha razões para levantar tais questões.

Quando tudo parecia ter dado errado, quando a própria esperança já estava sendo velado nos territórios de Israel, Deus se levanta e com o seu imenso poder, pega tudo aquilo que dera errado por causa de Sansão, e faz dar certo. Com o último feito de Sansão, Deus de fato começa uma grande libertação de seu povo. Como? Vamos ao texto bíblico.


Após ter sido traído por Dalila, Sansão apanhou como nunca. Os filisteus ainda fizeram mais. “Os filisteus o prenderam, furaram os seus olhos e o levaram para Gaza. Prenderam-no com algemas de bronze, e o puseram a girar um moinho na prisão.” (Juízes 16.21). Capturado, Sansão foi tratado como um escravo. Sansão tornou-se escravo por viver em função de seus desejos descontrolados. Sua escravidão não se deu por ter sido vítima de um destino sorteado ou imposto, mas por causa de sua rebeldia contra Deus. As consequências de seus atos o atingiram impiedosamente. Aqui aprendemos um princípio importante. Deus permite que seus filhos e filhas passem por experiências dolorosas a fim de que eles repensem sua conduta. “Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados? Examinemos e submetamos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor.” (Lamentações 3.39-40).

De temido Sansão se tornou o bobo da corte. “Então os líderes dos filisteus se reuniram para oferecer um grande sacrifício a seu deus Dagom e para festejar, comemorando: "O nosso deus entregou o nosso inimigo Sansão em nossas mãos". Quando o povo o viu, louvou o seu deus: "O nosso deus nos entregou o nosso inimigo, o devastador da nossa terra, aquele que multiplicava os nossos mortos". Com o coração cheio de alegria, gritaram: "Tragam-nos Sansão para nos divertir! " E mandaram trazer Sansão da prisão, e ele os divertia.” (Juízes 16.23-25)

Sansão que sempre procurou diversão na terra dos filisteus acabou se tornando a própria diversão de seus inimigos. Mais do que a humilhação pessoal, a situação de Sansão trazia vergonha para o nome de Deus. Naquela época, os povos relacionavam o sucesso de suas guerras a interferência dos deuses. Por esta razão, ter prendido Sansão era motivo para afirmar que Dagom era mais poderoso do que Deus. Por isso, resolveram fazer um grande congresso espiritual e prestar culto a Dagom. Isso também acontece em nossos dias. Quando eu e você falhamos em nosso testemunho, as pessoas que nos cercam terão motivos para não acreditar e servir a Deus. Pense nisso.

Consciente de sua situação Sansão finalmente “cai em si”. Ele percebe o que fizera da vida. Durante todo o tempo, seu compromisso fora dividido entre a missão que recebera antes de nascer e a satisfação de seu apetite sexual a qualquer preço. Dessa forma Sansão desenvolveu uma visão distorcida de si mesmo, de sua missão e de Deus. Agora cego e fraco, condição em que o pecado nos coloca, Sansão chama seu guia, pede para que o coloque entre as duas colunas de sustentação do templo filisteu e ali, apoiado entre as duas colunas, Sansão ora.

“E Sansão orou ao Senhor: "Ó Soberano Senhor, lembra-te de mim! Ó Deus, eu te suplico, dá-me forças, mais uma vez, e faze com que eu me vingue dos filisteus por causa dos meus dois olhos! " (Juízes 16.28). Diferente da última vez que orou, a oração de Sansão agora tem um tom diferente. Dá para sentir sua dor e dependência completa do Senhor. Parece que um novo relacionamento com Deus fora estabelecido. Sansão não exige, suplica. Admite auxílio. Pede forças, embora saiba que não mereça (“dá-me forças, mais uma vez”). Sansão expressa pela primeira vez que separado de Deus ele não pode realizar nada. É, de fato, Sansão não era mais o mesmo.

O cumprimento da missão, aquilo que Sansão negligenciou por toda a vida, agora é o foco do seu último pedido. Os inimigos de seu povo e de Deus eram também seus inimigos. Era hora de deixar de contrariar o Senhor, de fazer pacto com o inimigo. Naquele instante Sansão compreendeu contra quem deveria lutar, mesmo ciente de que sua missão lhe custaria a própria vida.

“Então Sansão forçou as duas colunas centrais sobre as quais o templo se firmava. Apoiando-se nelas, tendo a mão direita numa coluna e a esquerda na outra, disse: "Que eu morra com os filisteus! " Então, ele as empurrou com toda a força, e o templo desabou sobre os líderes e sobre todo o povo que ali estava. Assim, na sua morte, Sansão matou mais homens do que em toda a sua vida.” (Juízes 16.29-30). Sansão entendeu que por uma missão que se estende além da própria vida, vale a pena morrer. Olhando para a vida de Sansão podemos afirmar que o plano de Deus tinha tudo para dar errado, mas deu certo. Com a morte de Sansão e dos filisteus, o povo de Israel estava livre da opressão filistéia. Os planos de Deus verdadeiramente não falham.

O sacrifício de Sansão aponta para outro sacrificio feito muitos anos depois. Jesus, diferente de Sansão, abriu mão da própria vida, como homem, para beneficiar não uma única nação, mas o mundo inteiro. Sua morte foi muito mais dolorosa. Segundo a Bíblia o castigo que nos traz a paz estava sobre ele e pelas suas feridas fomos sarados. A morte de Jesus se deu em meio a muita tortura, mas engana-se quem pensa que naquela situação ele era um mártir ou mesmo uma vítima. Definitavamente não! Ele se ofereceu para pagar o preço da nossa dívida diante de Deus.

Foi ele quem disse: “... eu dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade." (João 10.17b-18a). Como nosso único e verdadeiro Herói, Jesus não só ofereceu sua vida em nosso favor como venceu a própria morte. Três dias depois ele ressuscitou e hoje vive pode nos garantir o perdão conquistado na cruz. Para isso basta confiarmos completamente nele e nos comprometermos em viver nele e para ele.

A única vitória que Sansão teve na vida se deu quando ele entendeu o seu chamado e se dispôs a cumpri-lo em sua vida. Pena que foi tarde demais, ele não chegou a curtir a sua vitória. E você, vai esperar “ter os olhos vazados” para poder reconhecer sua dependência de Deus?

domingo, 12 de setembro de 2010

Fazendo pacto com o inimigo

Dizem que a oportunidade faz o ladrão. Apesar de não concordar com a frase, tenho que admitir que um ladrão não costuma perder uma oportunidade para cometer seu furto ou roubo. Como aconteceu em fevereiro de 1994 na Galeria Nacional da Noruega. A obra de arte “O Grito” de Edvard Munch estava exposta numa sala, próxima a janela sem nenhuma segurança. Os ladrões entraram e levaram o quadrode mais de 200 milhões de reais sem nenhuma dificuldade. Ao saírem deixaram um bilhete dizendo: “muito obrigado pela segurança precária”.

Você já observou a diferença entre um banco e um museu? Enquanto o museu vive para expôr seus tesouros com pouca ou quase nenhuma segurança, o banco se ocupa em guardar seus tesouros em cofres seguros e equipados. Você guarda os seus tesouros como os museus ou como os bancos? Sansão optou por guardar seus segredos como faz um museu. Ele não se preocupou em expôr ao inimigo, aos poucos é verdade, a sua aliança com Deus. A cada dia ele menosprezava o cuidado que deveria ter com o seu voto de consagrado ao Senhor e isso foi a causa de sua ruína.

É bom perceber que Sansão não quebrou sua aliança em um único dia ou com um único ato. Foi um processo. Primeiro ele menosprezou o fato de não tocar em cadáver, chegou a comer mel tirado do leão morto. Depois acabou se envolvendo com os filisteus e tornando-se um deles, um vingador sanguinário. E por se tornar escravo de seus impulsos sexuais acabou fazendo pacto com o inimigo e menosprezando de vez o pacto com Deus, é o que veremos hoje.

Sansão, segundo a Bíblia, se envolveu com três mulheres. Todas elas pertenciam ao povo filisteu, inimigo de Israel e de Deus. O primeiro relacionamento, com a moça de Timna, não durou mais do que uma semana. O segundo, com a prostituta de Gaza, apenas algumas horas. Bem, agora encontramos Sansão “caidinho” por Dalila, outra mulher filistéia. No coração de Sansão só havia espaço para mulheres filistéias. Por quê? Porque o filho de Manoá desprezou o seu voto a Deus e decidiu seguir o próprio coração. Criou assim, a oportunidade que seus inimgos tanto desejavam para lhe destruir. “Depois destas coisas, Sansão se apaixonou por uma mulher do vale de Soreque, chamada Dalila” (Juízes 16.4)

Sansão se comprometeu com as pessoas e coisas erradas. Toda vez que Sansão ia até os filisteus ele se envolvia com paixões indomáveis e confusões sangrentas. Vivia em busca do prazer e da violência. Os filisteus estavam cansados de Sansão. Tentaram de tudo para destruí-lo, mas sem sucesso. Então, passaram a observá-lo com o firme propósito de descobrir o seu ponto fraco e assim destruí-lo. Mas qual era o seu ponto fraco? Como descobri-lo? Não precisaram de muito tempo para fazer Sansão contar qual era o seu segredo. Ao perceber que ele estava apaixonado por Dalila, os filisteus fizeram um acordo com a moça. “Os líderes dos filisteus foram dizer a ela: "Veja se você consegue induzi-lo a mostrar-lhe o segredo da sua grande força e como poderemos dominá-lo, para que o amarremos e o subjuguemos. Cada um de nós dará a você treze quilos de prata". (Juízes 16.5)

Motivada pela prata Dalila não pensou duas vezes. Aceitou o serviço e começou a chantagear o namorado. Confiante em si mesmo, Sansão começou um jogo perigoso com Dalila. Ao invés de se afastar da possibilidade de quebrar a única regra de seu voto de nazireu, o corte do cabelo, Sansão resolve brincar com coisa séria. “Respondeu-lhe Sansão: "Se alguém me amarrar com sete tiras de couro ainda úmidas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem". (Juízes 16.7). Depois de dar essa pista falsa, os filisteus providenciaram as tiras de couro e Dalila amarrou Sansão quando este dormia em seu colo. Dalila com um grito acordou Sansão dizendo que os filisteus estavam ali. Ao acordar e perceber o perigo, ele se livra das tiras com extrema facilidade. Sua mentira estava descoberta. Sansão se divertia com Dalila. Brincava de dar pistas erradas. Brincava com o voto sagrado.

Dinate da insistência de Dalila Sansão resolve brincar novamente. “Ele disse: "Se me amarrarem firmemente com cordas que nunca tenham sido usadas, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem". (Juízes 16.11). Dalila então o prendeu com cordas novas durante o sono. Desta vez soldados filisteus chegaram a se esconder no quarto. Mas ao ser acordado por Dalila aos prantos, Sansão se livra das cordas com facilidade.

Uma terceira brincadeira: “Disse Dalila a Sansão: "Até agora você me fez de boba e mentiu para mim. Diga-me como pode ser amarrado". Ele respondeu: "Se você tecer num pano as sete tranças da minha cabeça e o prender com uma lançadeira, ficarei tão fraco quanto qualquer outro homem". Assim, quando ele dormia, Dalila teceu as sete tranças da sua cabeça num pano e o prendeu com a lançadeira. Novamente ela o chamou: "Sansão, os filisteus estão vindo sobre você! " Ele despertou do sono e arrancou a lançadeira e o tear, junto com os fios do tear.” (Juízes 16. 13-14). Com tudo isso, Sansão ria do fato de Dalila cair em suas brincadeiras, mas mal sabia ele que seu fim estava próximo. Observe que ele agora j´´a estava mais próximo da verdade. A sua terceira pista já relacionava a força ao cabelo.

Dalila então parte para a chantagem emocional. “Então ela lhe disse: "Como você pode dizer que me ama, se não confia em mim? Esta é a terceira vez que você me fez de boba e não contou o segredo da sua grande força. Importunando-o o tempo todo, ela o esgotava dia após dia, ficando ele a ponto de morrer.” (Juízes 16.15-16). Bem sabemos que Sansão não resistia chantagem emocional de mulheres mal intencionadas. Então, depois de muitos dias ouvindo o lamento de Dalila, Sansão cedeu e disse: "Jamais se passou navalha em minha cabeça", disse ele, "pois sou nazireu, desde o ventre materno. Se fosse rapado o cabelo da minha cabeça, a minha força se afastaria de mim, e eu ficaria tão fraco quanto qualquer outro homem". (Juízes 16.17).

Diante disso, Dalila armou para Sansão como das vezes anteriores. Certa da descoberta, chamou os filisteus com seus quilos de prata para a grande noite. Dalila fez Sansão dormir em seu colo e chamou um filisteu que cortou o cabelo de Sansão. Como das vezes anteriores acordou Sansão aos gritos, mas veja o que aconteceu: “Ele acordou do sono e pensou: "Sairei como antes e me livrarei". Mas não sabia que o Senhor o tinha deixado.” (Juízes 16.20). Sabe o que é pior? Na cabeça de Sansão tudo estava sob controle. Nem o vento gelado na cabeça o fez perceber que seu cabelo havia sido cortado. O texto diz até o que ele pensou: “Sairei como antes e me livrarei”. Mas, pela primeira vez, Sansão entendeu o que é “apanhar”. Imagine o que os filisteus diziam a cada tapa e pontapé que davam em Sansão. “Você se lembra quando acabou com a nossa plantação? Tome isto!”. “E aquela vez em que matou mil filisteus? Pois agora tome mais isto!”.

Apesar de toda essa humilhação e surra, certamente o que mais doía em Sansão não era o fato de ter sido traído por Dalila e nem mesmo as agressões de seus inimigos. O maior sofrimento de Sansão foi saber, tarde demais, que “o Senhor o tinha deixado”. Uma grande lição aqui. Depois de ter livrado Sansão tantas vezes, de ter-lhe dado inúmeras oportunidades, o Senhor precisou fazer uso de uma disciplina mais rigorosa. Não pense que Deus foi o culpado aqui. Sansão é quem desprezou o Senhor. Quais as consequencias dessa disciplina? Veremos no próximo domingo.

Com Sansão aprendemos que não dá para brincar com o pecado sem se ferir. “Por que você não vai? É apenas uma festa entre amigos e a boate vai estar fechada para nós. Será divertido. Vamos lá”. “Você não bebe? Mas por que? Apenas uma cervejinha não vai fazer a menor diferença. Ou você não se garante?”. “Você não transa fora do casamento? De que planeta é você? Tem nada haver!”. Diante de sugestões como essas, qualquer um que se mantenha firme corre o risco de ser tachado de fanático, antiquado e antisocial. Assim surgem as tentações e oportunidades para que eu e você possamos brincar com o pecado e sermos destruídos por ele. O diabo não brinca com ninguém, afinal de contas o seu propósito de vida é “matar, roubar e destruir.” (João 10.10).
.
Por esta razão, o nosso verdadeiro Herói nos adverte que com ele podemos vencer. A Bíblia diz que “As tentações que vocês têm de enfrentar são as mesmas que os outros enfrentam; mas Deus cumpre a sua promessa e não deixará que vocês sofram tentações que vocês não têm forças para suportar. Quando uma tentação vier, Deus dará forças a vocês para suportá-la, e assim vocês poderão sair dela.” (1 Coríntios 10.13). Em Cristo, de fato e de verdade somos mais do que vencedores.

domingo, 5 de setembro de 2010

Para quem você vive?

Depois de mais de vinte anos eu o encontrei numa lanchonete no centro de minha cidade de origem. Ele se tornara em outra pessoa. Aílton estava visivelmente angustiado e amargurado. No passado fôra um dos líderes espirituais de minha infância. Sempre ativo e muito envolvido com os trabalhos da Igreja, jamais imaginaria que um dia pudesse vê-lo daquela maneira. Mas o que aconteceu com ele? Tive receio em perguntar. Mas, depois de pouco tempo conversando, percebi que ele havia se desviado do propósito de Deus por causa de velhos desejos, antigos hábitos, rancores do passado, apatia espiritual.

A cada ano que passa, mais convicto fico de que a espiritualidade não é um compromisso de fim de semana, mas um relacionamento pessoal diário e intecional com Deus. Quem não encara a vida cristã como um compromisso integral com Deus, que envolve todas as áreas de sua vida, acaba limitando a fé a mais um dos muitos compromissos do fim de semana e optando por levar uma vida dupla, passando a viver de maneira incoerente. Esse problema só é resolvido quando se vive a partir da perspectiva da fé.

Sansão vivia dividido entre o compromisso com Deus e a satisfação dos desejos pervertidos. Observar a biografia desse herói nos ajuda a perceber que levar uma vida dividida, além de nos trazer problemas desnecessários, afetará tragicamente nosso relacionamento com Deus.

Recuperado da última luta, quando matou mil homens, Sansão de maneira inconsequente vai visitar o povo filisteu em busca de prazer. Um dos principais problemas de Sansão estava no fato de ter confiado demais em si mesmo. No início de sua vida social Sansão pode ter pensado “eu não vou me envolver com prostitutas, apenas vou dar uma olhada de longe”. Assim é como funciona a armadilha do pecado. Mas pouco tempo depois e de muitas confusões no currículo, Sansão decidiu voltar a Gaza. Advinhe qual era o seu interesse? Veja o que diz Juízes 16.1: “Certa vez Sansão foi a Gaza, viu ali uma prostituta, e passou a noite com ela".

Vamos pensar juntos. Sansão era um homem consagrado a Deus mesmo antes de seu nascimento. Como nazireu sabia qual era a sua identidade e a sua missão. Conhecia a Palavra de Deus e freqüentava as reuniões do povo de Deus. Todavia, Sansão tinha o costume de sair com prostitutas! Como entender tamanha incoerência? Sansão tinha tudo para ser um grande herói da fé, mas fracassou devido as suas escolhas. Optou por satisfazer sua fraqueza moral. Não é diferente para os cristãos de nossos dias, quando guardamos nossa fé na gaveta de “coisas para o fim de semana” e seguimos vivendo buscando a satisfação de nossos desejos, agimos como Sansão.

Muito de nossos problemas se deve ao fato de tomarmos decisões incoerentes com a vida cristã. Gostamos de culpar o diabo, as tentações ou mesmo a Deus. Todavia, na maior parte das vezes nosso sofrimento é causado pelas escolhas que fazemos. Santo Agostinho disse certa vez que “Se não resistirmos a um costume, ele se transforma numa necessidade”. Foi exatamente o que aconteceu com Sansão. Ele se acostumou a se divertir com prostitutas e em pouco tempo, isso se tornou uma necessidade.

Você começa a brincar com o pecado, ou pelo menos, enamorá-lo, confiando em sua habilidade de se livrar dele na hora que desejar. Todavia, pouco tempo depois aquele costume torna-se uma necessidade e quando cair em si você estará se arrastando na vida, como um caco ambulante. O pecado destrói tudo o que toca. Exatamente por isso, viva o mais distante dele possível.

Movido pela sua necessidade sexual, Sansão sai ao encontro de mais uma aventura sexual. Ao encontrar com a prostituta, a diversão que o escravizava estava garantida. No entanto, essa atitude de Sansão sempre trazia conseqüências desastrosas e dolorosas. O sentimento de fracasso seria inevitável.

A notícia se espalhou rapidamente. Disseram ao povo de Gaza: "Sansão está aqui!" Então cercaram o local e ficaram à espera dele a noite toda, junto à porta da cidade. Não se moveram a noite inteira, dizendo: "Ao amanhecer o mataremos". (Juízes 16.2)

Os filisteus tinham agora a oportunidade de que tanto queriam. Sansão está trancado na cidade de Gaza e dormindo. Esperavam o amanhecer para matá-lo. Na antiguidade as cidades eram cercadas por muros largos e altos. Na entrada, a porta era feita de madeira maciça e revestida de ferro. Portanto, para abrir uma porta dessas eram necessários no mínimo quatro homens. Carregar? Era uma tarefa humanamente impossível.

Apesar de estar totalmente errado e ter desagradado a Deus por mais uma vez, Deus não abandona Sansão. Uma inquietação toma conta de seu coração à meia-noite. Ele se levanta e resolve ir embora. Sem que ninguém perceba, ele chega até o portão e descobre a trama. Então, fortalecido pelo Espírito Santo ele agarrou firme a porta da cidade e a arrancou com tranca e tudo. Pôs tudo nos ombros, carregou-a por cerca de sessenta quilômetros e levou-a ao topo da colina que fica defronte de Hebrom (Juízes 16.3). Sansão estava livre outra vez. Realmente Deus amava Sansão, embora seu amor não fosse correspondido.

Durante aquela caminhada noturna Sansão deveria ter se perguntado: O que estou fazendo aqui? Até quando desobedecerei a Palavra de Deus? Até quando menosprezarei o seu amor? Afinal de contas, para quem vivo? Para satisfazer meus desejos pervertidos ou para servir a Deus? Mas não. Sansão estava certo de que poderia fazer qualquer coisa sem ter que lidar com as conseqüências de seus atos. Sua desobediência para com o apelo amoroso de Deus estava tornando-o insensível à voz e ao cuidado de Deus.

Em 2008 a Editora Mundo Cristão lançou um livro de autor americano intitulado: “Em seus passos o que faria Jesus?”. O livro narra a história de uma Igreja no EUA que fora desafiada por seu pastor por um período de um ano a se perguntar antes de tomar qualquer decisão ou escolha: “nessa situação o que faria Jesus?”. O livro narra o que aconteceu com os membros daquela Igreja depois daquele desafio. O diretor Norman do jornal da cidade decidiu tirar os anúncios de bebidas e fumo. Apesar da queda na arrecadação, ele permaneceu firme, entendendo que aquela era a atitude mais coerente que um cristão deveria tomar. Raquel, ministra de louvor passou a louvar com o coração e não somente com a voz e o corpo. Abriu mão de um convite tentador para cantar numa companhia de ópera, por entender que aquilo poderia afastá-la de servir ao Senhor com fidelidade. Raymond, chefe de uma companhia de transporte ferroviário, tornou-se mais agradável no trato com os trabalhadores providenciando a reforma de um salão abandonado para servir de refeitório para os funcionários. Alexandre perdeu o emprego por se recusar a fazer serviço sujo para a empresa onde trabalhava. Como podemos ver, esse livro de fato é muito envolvente. No entanto, sinto que para a maioria dos cristãos, tais atitudes parecem irreais. Jesus não tem sido um parâmetro para as decisões diárias, o que é uma pena.

Que homem teria sido Sansão se tivesse optado por seguir fielmente as orientações de Deus? Que tipo de vida ele teria se tivesse honrado a Deus em cada escolha que fizera? E que o dizer de nós? Não basta dizer que é cristão, ser membro da Igreja, freqüentar cultos, se não entender que sua vida só fará sentido se for vivida exclusivamente para Deus. E viver para Deus custa muito caro. Ser salvo em Cristo Jesus não te custará nada, mas viver para ele te custará tudo. A verdadeira felicidade, a que você tanto busca, só pode ser satisfeita através de um relacionamento comprometido e pessoal com ele. Afinal de contas, para quem você vive? Você aceita o convite de viver exclusivamente para Deus?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010