Após aceitar se engravidar do Espírito Santo, Maria agora passa por situações difíceis de resolver. Todavia, ela confia que Deus tomará as devidas providências para que tudo se resolva da melhor maneira possível.
Uma destas situações contrárias, é justamente o noivado com José. Certamente ele não aceitaria se casar com uma moça grávida de outro, e para piorar, ele poderia até denunciá-la diante das autoridades o que a levaria ao julgamento e por conseqüência seria apedrejada.
A Bíblia não relata nada sobre o encontro que Maria tivera com José depois da conversa que ela tivera com o anjo Gabriel. Talvez ela não teve coragem de contá-lo de imediato, não sabemos. O certo é que de alguma forma ele fica sabendo da gravidez indesejada. A notícia causa-lhe sérios problemas.
José amava muito a Maria. Como ela, ele também tinha planos e sonhos a se realizar ao lado de sua noiva. Como carpinteiro é provável que ele mesmo estava fazendo pessoalmente todos os móveis de sua futura casa. Desde a escolha da madeira ao acabamento, sua cabeça não pensava em outra coisa – casar-se com Maria, ter filhos e ser muito feliz. Mas agora, com aquela notícia tudo estava acabado. Quase todos os móveis já estavam prontos, mas agora, tudo parecia perdido.
Ao ouvir a má notícia, José dá a maior demonstração de amor para com a sua noiva. A Bíblia diz que ele sendo justo e não querendo a expor precipitadamente, resolve deixá-la secretamente. Volta para casa, entra em seu quarto e com o coração acelerado não consegue dormir. Tarde da noite, lá está ele, virando pela centésima vez na cama sem conseguir pregar os olhos. Chora muito tentando entender o porquê Maria o traiu. “Ela dissera que sua gravidez era obra do Espírito Santo”, sussurra ele, “me poupe vá”, conclui. Sem entender nada, entre soluços e dúvidas, é vencido pelo sono, afinal de contas estava exausto depois de um dia de muito trabalho e de problemas ainda maiores.
Ao dormir, José tem um sonho. Um anjo lhe aparece com uma mensagem um tanto quanto perturbadora. Disse o anjo do Senhor: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: ‘Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).
Para entendermos melhor a razão do nascimento de Jesus precisaremos voltar nossos olhos para o antigo testamento. Ali encontramos nossos primeiros pais recém saídos das mãos do Criador. Eles receberam uma palavra de advertência: “O dia em que pecarem, certamente morrereis.” Bem sabemos o que aconteceu. Eles pecaram e desde então a morte tornou-se uma realidade na experiência humana. O pior do pecado é que ele cortou todo o nosso relacionamento com o Criador, causando muitos problemas e infelicidade.
De lá para cá, toda vez que alguém cometia um pecado, era necessário oferecer um sacrifício de sangue inocente como pagamento pelo pecado. Todavia, o sacrifício de animais servia apenas para fazer lembrar que um dia, Deus enviaria seu Filho para morrer, derramando seu sangue inocente em sacrifício pelos pecados de toda a humanidade. Agora, o referido Filho de Deus, estava sendo gerado em Maria! Aquele menino nasceria com uma missão estranha, mas divina: Morrer no lugar dos pecadores. Essa será a única chance de reconciliação da humanidade com Deus. Criar aquele menino, sem sombras de dúvidas, seria um grande privilégio que ele não deixaria passar.
Você já parou para pensar no propósito de vida de Jesus? Pode soar estranho, mas ele de fato nasceu para morrer. Não haveria nenhuma chance para cada um de nós, se ele não oferecesse seu sangue como pagamento pelos nossos pecados. Para entender um pouco melhor isso, me permita uma ilustração: Imagine que este livro em minhas mãos contenha o registro de todos os pecados de sua vida. Permita-me que minha mão esquerda represente você. E tudo isso está sobre você. Imagine que a mão direita represente Jesus. Veja, o que é que separa você de poder entrar num relacionamento com Deus.
Isso mesmo. A Bíblia diz que “os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus”. Foi para resolver este problema que O Senhor Deus fez cair sobre Jesus todos os nossos pecados (neste ponto transfira o livro de uma mão para outra). Na cruz Jesus suportou o peso de nossos pecados. Os homens o maltrataram, cuspiram nEle, colocaram uma coroa de espinhos sobre Sua cabeça e açoitaram-no. Finalmente, quando o último pecado foi pago, Jesus disse: "está pago". Com o Seu sofrimento e morte Jesus pagou o preço do nosso pecado. Eu jamais vou entender o porque Ele me amou tanto. Três dias depois Ele ressuscitou como diz o texto que segue. Joana, você pode ler para mim?
Ele ressuscitou dentre os mortos. ...Cristo morreu pelos nossos pecados... foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos...” (1 Coríntios 15:3-6).
O dia desponta no horizonte e os primeiros raios de sol já podem ser vistos na pequena cidade de Nazaré, quando José abre os olhos e se dá conta do sonho que tivera. Levanta rapidamente, lava o rosto para ter certeza de que está acordado. Se lembra do sonho com detalhes e fica perplexo com a boa notícia. Agora compreende que tudo quanto lhe falara Maria era verdade. Estava então diante de uma decisão muito importante, mas bem difícil. Aceitar Maria grávida de outro traria para si uma desonra muito maior do que de denunciá-la. Talvez sequer tivesse a aprovação de sua própria família e amigos. Não sabia ao certo se a notícia da gravidez de Maria havia se espalhado na cidade ou não. E agora, o que fazer? Aceitar Maria como sendo sua esposa, aceitar criar um filho que não era seu, ou denunciá-la?
Ele puxa o banquinho, se debruça sobre a mesa e começa a pensar nas palavras do anjo. “Ele dissera que este menino é filho do Espírito Santo! Meu Deus! Disse ainda que ele salvará o nosso povo dos pecados deles!”. Ao pensar nisso talvez José desse um pulo e dissesse: “É isso! Esse menino é o Filho de Deus prometido desde os tempos de Abraão, ele irá nascer tendo como propósito de vida morrer pelos nossos pecados” Diante disso, José não tem mais dúvidas, era um privilégio poder receber aquela criança e criá-lo como seu filho adotivo. Se levanta, vai até a casa de Maria e a recebe como sua esposa.
Ao olharmos para a experiência de José somos desafiados a imitá-lo em sua obediência a uma ordem desafiadora. José abre mão de sua própria “honra” e aceita correr os “riscos” de se obedecer a Deus. Desta forma, ele só tinha uma certeza, ao obedecer a Deus, ele estaria cooperando com a missão de Jesus em salvar homens e mulheres. Aprendemos que nossa vida deve buscar cooperar para que Deus se torne conhecido de todos os nossos amigos, vizinhos e família. Que possamos de fato ser ousados na obediência e no envolvimento missionário como foi José.
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