domingo, 20 de dezembro de 2009

Branco - Paz na terra


Após receber Maria como sua esposa, José vai para Belém por causa de um recenseamento determinado por César Augusto. Por causa deste recenseamento, todo homem judeu tinha que ir para a sua terra natal. José era de Belém e lá foram eles. No entanto, isso aconteceu se cumprindo a profecia de Miquéias que dizia: “E tu Belém da Judéia, não é de modo algum a menor entre as principais de Judá, porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.” (Mateus 2.6). Como podemos ver, Deus cumpre todas as suas promessas nos mínimos detalhes.

Ao chegar em Belém, a cidade estava tão cheia que não houve nenhuma pousada onde pudessem ficar. Sendo José, natural de Belém, será que não tinha parentes lá? E se tivesse, por que não foram recebidos por eles? Será que o fato de ter assumido um casamento com uma mulher grávida de outro teria tornado indigno de entrar em suas casas? Não sabemos. O que sabemos é que o único lugar onde conseguiram para passar à noite foi numa estrebaria, lugar onde animais pastam.

Ali, naquela noite, Maria entrou em trabalho de parto e deu à luz a Jesus sem nenhum médico ou parteira por perto. Ninguém para ajudar o casal inexperiente. Mas também não seria necessário visto que o Deus do impossível estava em companhia deles. O nascimento de Jesus, ao que nos parece, correu sem nenhuma complicação. Os cuidados foram tomados e apesar de estarem num estábulo, puderam descansar.

O nascimento de uma criança é sempre uma boa notícia. Mas no caso de uma criança super especial, como Jesus, quem deveria ser os primeiros a ouvir a boa notícia? E quem a daria? Quais seriam os critérios usados na escolha das pessoas sobre o nascimento do menino Deus? José poderia pensar em comunicar aos seus parentes e amigos conhecidos da cidade de Belém, mas não foi assim.


Os primeiros escolhidos por Deus para ouvirem sobre o nascimento de Jesus foram pastores de ovelhas (Lucas 2.8-20). Mas por que eles? Pastores não gozavam de boa reputação em Israel e eram vistos como pessoas desonestas e pouco confiáveis. No entanto, foi a eles quem Deus escolheu para anunciar a boa nova extraordinária que o mundo ouviria por todas as gerações, a saber, que o Messias há muito esperado havia nascido. Mas como isso aconteceu?

Era tarde da noite, os pastores vigiavam seus rebanhos para que nenhum animal selvagem os atacasse ou mesmo fossem lesados por ladrões, quando uma luz forte brilhou no céu e um anjo apareceu dizendo: “Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura”.

Diante de tal aparição e mensagem, os pastores estavam assustados e temerosos. E agora? Estavam diante da maior e melhor notícia do mundo e foram convidados e ver com os próprios olhos e participar deste momento único. Mas quem cuidaria das ovelhas? Como encontrariam a referida manjedoura? Como eles reagiram a esta notícia?

Primeiro, foram até Belém conferir pessoalmente. Sua reação não foi de incredulidade. Eles foram certos de que veria o Salvador, o Cristo, o Senhor. Assim, eles correram para lá e procuraram até que encontraram a criança sobre a qual o anjo havia referido. Verdadeiramente, quem busca encontra (Mt 7:8). Depois de terem visto Jesus, eles voltaram e contaram a todos o que tinham visto e ouvido. Não puderam guardar as boas novas para si. Eles queriam que todos soubessem. O texto diz que eles voltaram. Não passaram o resto de suas vidas no estábulo. Ao contrário, eles retornaram ao campo e para as suas ovelhas, voltaram para suas casas, para as suas esposas e filhos. Suas vidas continuavam as mesmas. Eles agora eram novas pessoas, embora a situação fosse a mesma. Eles mudaram porque viram a Jesus. Em seus corações havia agora um espírito de admiração e de adoração.

O encontro com Jesus Cristo é sempre uma experiência transformadora, pois muda o nosso estilo de vida. Esse encontro ilumina os nossos olhos e revigora os nossos passos.


Voltemos ao momento em que os pastores receberam a visita do anjo anunciando o nascimento de Jesus. Segundo a Bíblia, após o anúncio, apareceu no céu um coral de anjos que cantavam: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”. Que doce melodia devia ter aquela música. Eles tiveram o privilégio de ouvir uma pequena amostra do louvor que é dado diante de Deus continuamente.

A mensagem daquela música deve nos motivar a falar da verdadeira mensagem do natal, não apenas em um feriado no ano, mas em todos os dias de nossas vidas. O nascimento de Jesus é resultado do fato de que Deus quer o bem dos seres humanos e deseja que vivamos em paz.

O próprio Jesus quando de sua despedida disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou”. A paz que ele oferece excede a dor, a decepção e a própria morte. Quando morria por mim e por você naquela cruz, ele foi afrontado e espancado sem dó e piedade. Com o seu poder poderia ter dado um fim em tudo aquilo com apenas um piscar de olhos. Mas o que ele fez? Deu-nos uma amostra da paz que ele oferecera. Mediante a muita dor e afronta impiedosa ele clama: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.

Ainda quando prometeu deixar sua paz, foi enfático ao dizer: “Não vos dou como a dá o mundo”. Isso nos leva a pensar nos breves momentos de alegria e prazer que a vida oferece. Isso me faz relembrar o ano de 1986 quando morava na cidade de Charqueadas/RS. Num programa de rádio um médico contava como ele decidiu-se por seguir a Jesus. Um rapaz entrou em seu consultório e disse: ‘Doutor, minha vida é uma miséria. Não tenho problemas com minha saúde física, não sou usuário de drogas, tenho uma família normal, mas não consigo me livrar de uma tristeza monstruosa que me tortura diariamente. Por favor, me ajude’. O médico, olhou por cima dos óculos e disse: ‘ Você é muito jovem. Precisa se divertir um pouco. Existe um palhaço no centro da cidade e ele é demais. Nunca vi uma única pessoa sair de lá sem dar umas boas risadas. Vá lá e se divirta’. Cabisbaixo o rapaz lhe respondeu: ‘Doutor, eu sou aquele palhaço’. Sabe meu amigo, essa é paz que o mundo oferece, e Jesus deixou claro que a paz que ele oferece é completamente diferente.

Jesus concluiu sua promessa dizendo “Não perturbe o coração, nem tenha medo, acredite em Deus, acredite em mim, na casa de meu Pai há muitas moradas. Quando eu for, vou preparar-vos um lugar e voltarei e levarei vocês para junto de mim”. Aleluia! Enquanto estivermos vivendo neste mundo teremos a paz de Jesus durante as diversas situações de dor e sofrimento que viermos a passar. Mas, isso não será para sempre assim. Um dia ele voltará, a dor, o sofrimento, a própria morte deixará de existir e a nossa paz será completa. Você já se comprometeu com Jesus? Ainda não? Então o que está esperando. Permita que ele entre em sua vida e faça de seu natal um verdadeiro natal muito mais colorido. Que Deus nos abençoe.

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