Há duas semanas estamos conversando sobre a escolha dos doze discípulos por Jesus buscando descobrir e aprender com suas características, personalidades e caráter. O primeiro discípulo apresentado foi Tiago, a quem atribuímos o título de o discípulo justo. HOJE veremos a personalidade, vida e ministério de Tiago, o discípulo menor.
O nono nome da lista dos discípulos de Jesus é de Tiago, filho de Alfeu (Lucas 6:14-16).
Como vimos na semana passada, o novo testamento cita quatro homens com o nome de Tiago. Um deles é o filho de Zebedeu e Salomé, o discípulo justo; o outro é o filho de Maria e José, meio irmão de Jesus. Esse se tornou líder da Igreja de Jerusalém (Atos 15:13-21) e tudo indica que ele foi o escritor da epístola que leva o seu nome. Ainda temos o Tiago, pai de Judas Tadeu, o mais desconhecido de todos. Hoje falaremos sobre o Tiago, filho de Alfeu e Maria, a quem a própria Bíblia o chama de o menor. Vejamos:
Como vimos na semana passada, o novo testamento cita quatro homens com o nome de Tiago. Um deles é o filho de Zebedeu e Salomé, o discípulo justo; o outro é o filho de Maria e José, meio irmão de Jesus. Esse se tornou líder da Igreja de Jerusalém (Atos 15:13-21) e tudo indica que ele foi o escritor da epístola que leva o seu nome. Ainda temos o Tiago, pai de Judas Tadeu, o mais desconhecido de todos. Hoje falaremos sobre o Tiago, filho de Alfeu e Maria, a quem a própria Bíblia o chama de o menor. Vejamos:
A Bíblia oferece poucas informações sobre esse Tiago. Uma delas é sobre sua família.
Tiago era filho de Alfeu (Lucas 6:15) e o evangelista Marcos nos informa que sua mãe se chamava Maria (Marcos 15:40) e seu irmão José (Marcos 15:47).
Quanto a seu pai Alfeu, não sabemos nada a respeito. Alguns chegaram a afirmar que ele poderia ser o mesmo citado como sendo o pai de Mateus (Marcos 2:14), que coincidentemente recebe o mesmo nome, Alfeu. Isso tornaria Tiago irmão do evangelista Mateus. Mas a Bíblia não nos dá dados suficientes para defendermos tal afirmação.
Sua mãe foi uma das mulheres que acompanharam Jesus durante boa parte de seu ministério. Ela presenciou a crucificação e ajudou a preparar o corpo de Jesus para o sepultamento (Marcos 16:1). Ela é citada por alguns comentaristas como sendo irmã de Maria, tia de Jesus. Isso faria de Tiago um primo de Jesus. Mas, a não ser que seu marido tivesse outro nome (Cléopas), o que até certo ponto era comum entre pessoas que se ocupavam com atividades distintas, isso também não pode ser afirmado com toda convicção, conforme João 19:25.
Já seu irmão José, deve ter sido um seguidor de Jesus, bastante conhecido do Senhor, pois seu nome aparece muitas vezes nas Escrituras, porém não foi escolhido como apóstolo.
A não ser por essas poucas informações sobre sua família e o título que recebera, esse Tiago é completamente desconhecido. Aqui aprendemos uma lição que pode ser confirmada em toda a Bíblia: Deus tem prazer em usar pessoas anônimas para o louvor de seu Nome.
Quando Deus nos chama, devemos lembrar que o único critério usado por ele nessa escolha é o seu próprio amor. A família a que pertencemos, os títulos que temos, os diplomas expostos na parede de nossa sala, nada disso é usado como critério diante do olhar e desejo do Dono do mundo.
Mas o que dizer a respeito da personalidade de Tiago? O que podemos saber sobre ele? Bem, sabemos que sua influência no grupo foi tão pequena por causa do título que recebera em Marcos 15:40, ou seja “Tiago, o menor”.
A palavra “menor” usada por Marcos pode ser entendida como sendo uma pessoa de pequena estatura, baixo, franzino. Mas parece que, no contexto de sua vida, o apelido se refere mais à sua pouca influência ou notoriedade. Não era do tipo de pessoa que chamava a atenção. Era absolutamente do tipo de gente que não gosta de se expor.
Tiago representa àquelas pessoas que servem nos bastidores, que apóiam com dedicação e fazem isso com alegria. Certamente conhecemos pessoas assim. Elas têm a capacidade de colocar suas habilidades a serviço de outros cristãos para que estes se tornem mais eficientes no que realizam. São pérolas preciosas nas mãos de Deus e para com as pessoas que são abençoadas por seu serviço.
Contudo, foi escolhido pelo Senhor para fazer parte do grupo dos doze. O Senhor o escolheu, o treinou, deu poder como fez aos outros e enviou para testemunhar. A eternidade revelará o que ele fez.
Enquanto que Tiago, filho de Zebedeu, falava fluentemente, fazia parte do grupo íntimo de Jesus, tinha uma família conhecida na Galiléia, Tiago, o “Tiaguinho” era exatamente o oposto. Sua personalidade era de trabalhar nos bastidores, longe dos holofotes. Sua família, praticamente desconhecida e pouco influente. Não participava do grupo íntimo de Jesus e nem mesmo isso o incomodava. Para Tiago, o que realmente importava era estar ao lado de Jesus, servindo-o. Em momento algum ele chegou a ter qualquer fama ou destaque entre os doze.
Quanto ao seu ministério, Tiago, filho de Alfeu, me faz lembrar João Batista quando disse: “convém que ele cresça e que eu diminua”. (João 3:30) Ele tinha a mesma disposição de servo que João Batista.
Se porventura, ele escreveu alguma coisa, ela se perdeu na história. Se porventura, ele alguma vez perguntou algo a Jesus ou fez alguma pergunta a Jesus que o destacasse do grupo, não há registro nas Escrituras.
Esse fato em si é revelador. Tiago não buscava qualquer reconhecimento. Não demonstrava uma grande aptidão para liderança. Não fazia perguntas mais profundas. Não apresentava nenhum comentário surpreendente. A única coisa que ficou foi seu nome, enquanto toda obra de sua vida encontra-se envolta em mistério.
É curioso perceber que até mesmo a história secular da Igreja Primitiva também omitiu os feitos desse discípulo, assim como na história do Povo de Deus, Ele usou muitas pessoas que por vezes, não tem nem mesmo seus nomes registrados para nosso conhecimento, o que não significa que foram pessoas indignas e menos importantes.
Só para citar, lembro-me da menina que orientou Naamã a buscar ajuda no Deus de Israel para ser curado de sua lepra, a Bíblia não fala mais nada sobre ela, nem mesmo de que família era. Você já parou para pensar na revolução que a atitude dela causou na família daquele homem?
No nascimento de Jesus, quem eram os pastores que o visitaram? Quantos eram? Você sabe mais alguma coisa sobre eles além da visita que fizeram? Nem eu. A Bíblia diz que eles saíram dali e anunciaram o que tinham testemunhado. Dá para pensar em quantas pessoas foram impactadas como conseqüência do testemunho deles?
Podemos citar também o menino que serviu seus pães e peixes para que Jesus pudesse fazer a multiplicação e alimentar uma multidão. Qual era o nome dele? De onde vinha? Sabe o que aconteceu com a fé dele depois daquele milagre? Só na eternidade saberemos.
Deus por muitas vezes usa pessoas desconhecidas e anônimas, mas certamente guarda seus nomes escritos em sua mente, em seu livro particular, para recompensá-las na eternidade, afinal fizeram muito mais do que oferecer um copo de água fria ao sedento.
Aprendemos aqui que a importância dos discípulos não vem de sua ascendência ou mesmo de sua personalidade. O que tornou esses homens importantes foi o Senhor ao qual serviam e a mensagem que proclamavam. Não faz mal se nos faltam mais informações detalhadas sobre esses homens.
Para nós, basta sabermos que fomos escolhidos pelo Senhor, recebemos o Espírito Santo de igual forma e temos a mesma missão, anunciar as boas novas de salvação aos perdidos. Ninguém resume essa verdade melhor do que Tiago, o discípulo menor. O mundo não se lembra de quase nada a seu respeito, mas na eternidade, não tenha dúvidas, ele será plenamente recompensado (Marcos 10:29-31).
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