segunda-feira, 24 de maio de 2010

Coração ferido


Existem momentos na vida que todos nós gostaríamos de evitá-los a qualquer custo. Falo sobre aqueles momentos em que a dor arromba a nossa porta e sem pedir licença se instala em nossas vidas causando feridas profundas em nosso coração.

Feridas são causadas por diversos motivos. Algumas são causadas por nossas próprias escolhas, outras são causadas por nossos amigos, ainda existem aquelas causadas por inimigos. Mas, creio que a pior ferida é a que causamos no coração de Deus.

Um coração ferido pode ser curado? Deus ouve nossa dor quando em gritos clamamos por sua ajuda? Tenho eu o direito de no mínimo “dar um gelo” naqueles que me machucaram sem dó e piedade? E quando sei que a ferida foi por minha culpa, é possível ser perdoado e curado por Deus? É possível machucar o coração de Deus e ainda assim ser perdoado e aceito?

No mês de junho, buscaremos respostas para estes questionamentos na Palavra de Deus. Venha participar e descobrir o que fazer quando a dor se torna insuportável. Aos domingos às 19h30 na IP Betânia. Você é nosso convidado.

Palestras:

Dia 06 de junho – Ferindo o próprio coração
Dia 13 de junho – Ferido pelo amigo chegado
Dia 20 de junho – Ferido pelo inimigo
Dia 27 de junho – Feridas no coração de Deus

domingo, 23 de maio de 2010

Dentro de casa, longe do coração.


Como já dissemos, Lucas 15 é considerado o capítulo das coisas perdidas. A ovelha, a moeda e o filho perdido retratam as pessoas perdidas, distantes de Deus. Isso é muito claro. Já o pastor, a mulher e o pai, representam a iniciativa, o amor e principalmente a alegria de Deus por cada pecador que é encontrado. Segundo Jesus, existe festa no céu por cada pecador que se arrepende e volta pra casa.

Mas, é apenas na terceira e última história, a do filho perdido, que encontramos um terceiro personagem – o filho mais velho. E, nesta história, ele torna-se a principal personagem, a principal lição da parábola. Voltemos ao texto de Lucas 15.

É possível que você sempre tenha ouvido esta história na perspectiva do filho mais novo. Tenha se identificado e se emocionado com ele. Ou no mínimo, tenha tomado-o como sinônimo de pessoas rebeldes, principalmente quando encontra um rebelde em seu caminho. Mas, talvez, você nunca tenha dado a atenção necessária para o filho mais velho. Todavia, o filho mais velho é exatamente a ênfase que Jesus dá nessa história. Ele é o principal motivo de Jesus ter contado essa parábola. Mas, a quem ele representa? Que lições podemos tirar aqui?

Convido você a voltar àquele jantar onde encontramos Jesus participando de um jantar com publicanos e pecadores. Desejo que você vista as roupas dos fariseus, calce suas sandálias e observe tudo o que está acontecendo como sendo um deles. Só assim, poderemos entender a lição principal dessa história narrada por Jesus.

Ao ouvir as histórias da ovelha e moeda perdida, apesar de não entender o porquê de tanta alegria por parte do pastor e da mulher quando encontram o que procuravam, isso não lhe causa nenhuma perturbação. Todavia, quando Jesus conta a história do filho perdido, aí sim, suas emoções são altamente aguçadas. Ao ouvir sobre o filho mais novo, o sentimento é de justiça. Um menino desses deveria receber a sua punição sem nenhuma demonstração de misericórdia. Mas, ao ouvir que o pai o despede sem puni-lo, então você, como um bom fariseu religioso, meneia a cabeça reprovando-o.

Ao falar sobre a vida desregrada do filho mais novo e a miséria que o atingiu, você se alegra porque entende que se o pai não o castigou, a vida deu um jeito de puni-lo severamente. Ao decidir voltar pra casa, você se surpreende com a maneira inconsequente com que o pai recebe, perdoa e restabelece o filho a sua posição em casa. Isso causa-lhe um sentimento de ódio e revolta contra o pai. Mas, nesse instante, entra em cena a figura do filho mais velho, o único lúcido da história. Com este rapaz, você se identifica e se sente aliviado. Afinal, agora parece que a história terá um fim decente. Agora, você está pronto para ouvir e entender o final da história.


O filho mais velho, segundo Jesus, é aquele que nunca saíra de casa. Ele sempre esteve ali perto do pai. Quando o seu irmão resolveu se rebelar contra seu pai, ele não fez nada. Não existe nenhum esforço por parte do filho mais velho de tentar convencer o irmão a não se rebelar e com isso impedir todo o constrangimento e desonra para a família. Quando seu irmão parte, ele até se sente aliviado. Afinal de contas, o “queridinho do papai” revelou suas garras e agora ficou evidente quem de fato é o melhor filho ali.

Num determinado dia, voltando do seu trabalho, o filho mais velho é surpreendido com um barulho de festa em casa. Ele chama um dos empregados da família e pergunta o que estava acontecendo. Ao ser informado da volta de seu irmão e da alegria de seu pai, “O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar”. Mas, de onde viera essa ira? Aqui o filho mais velho começa a mostrar o seu caráter oculto por muito tempo no coração.

É curioso notar que ao perceber a festa, ele não entra antes de saber o motivo da mesma. Normalmente uma pessoa em igual circunstância entraria, pegaria algo pra comer e iria ao encontro do pai para saber o que estava acontecendo. Ao receber a boa notícia, se alegraria com o pai e com o irmão perdido, afinal de contas a saudade seria maior do que o malefício causado pela sua saída. Mas não. Gente como esse filho mais velho não suporta ver ninguém alegre por algo que não foi promovido por si mesmo. Desconfia de tudo e de todos. Gosta de chamar a atenção para si. Por isso, resolve não entrar na festa.

Nesse momento, os religiosos fariseus e escribas suspiram aliviados e meneiam a cabeça enquanto sussurram concordando com a postura do filho mais velho. Afinal de contas, aquela festa era uma ofensa à moral e à disciplina. Mas, eles não percebem ainda que Jesus estava retratando-os. Pois assim como o filho mais velho, os fariseus e escribas não aceitaram participar do jantar com os publicanos e pecadores.

Ao ouvir que o filho mais velho está do lado de fora e se recusa a entrar, o pai sai ao seu encontro. Essa atitude do pai é reveladora, se você considerar todo o capítulo 15 de Lucas. Na história da ovelha perdida encontramos o pastor saindo em busca do animal. Na moeda perdida, lá está a mulher procurando-a até encontrá-la. E na história do filho perdido? Bem, se considerarmos o mais novo, foi ele quem decidiu voltar pra casa. Mas, quanto ao filho mais velho, é o pai que sai de casa para buscá-lo. Incrível! Aqui temos dois filhos perdidos. Um que saiu de casa, e o outro que nunca saíra de casa, mas nunca esteve junto ao coração do pai.

Ouçamos agora as palavras do filho mais velho ditas ao pai sobre a sua razão de tanta ira: “Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos.” (Lucas 15.28-29). Atitude reveladora do filho mais velho. O seu descontentamento, em princípio, não era pela volta do irmão, mas pela gentileza e alegria do pai. Com tanto egoísmo, ele se revela insensível ao sentimento do pai e a restauração do irmão. Em sua opinião, se tem alguém que merecia aquela festa, com toda certeza era ele mesmo.

Mas a ira deste rapaz é também contra o irmão. Além de não fazer a festa para si, o pai chega ao absurdo de fazer uma festa para o filho rebelde. Isso já era demais. É nesse ponto que ele chega a dizer ao pai: “vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado.” O filho perdido já havia sido perdoado, o pai assumiu as conseqüências, mas ele se acha no direito de condená-lo. Com tais palavras ele parecia estar sugerindo que teria ficado muito feliz se o seu irmão realmente tivesse morrido na terra distante. Às vezes é mais fácil ser paciente com filhos desobedientes do que com filhos egoístas e hipócritas.

Na Igreja também por vezes somos vítimas desse sentimento. Vivemos preocupados com a imagem da Igreja, com que todos cumpram as regras e disciplinas e não pensamos duas vezes em colocar pra fora quem foge do padrão pré-estabelecido. Temos dificuldades de aceitar e conviver com pessoas rebeldes, que se dizem arrependidas de seus pecados. Se alguém adultera, o suspendemos da comunhão e o tratamos como “filho perdido” e nos fará um favor se ajuntar tudo o que tem e ir embora. Não há espaço para pessoas de conduta suspeita em nosso meio. Esquecemos de que a misericórdia triunfa sobre a justiça (Tiago 2.13).

Dá até para ouvir o pulsar rancoroso do coração dos fariseus e escribas aprovando a postura do filho mais velho, enquanto agiam de igual forma. Eles condenavam os publicanos e pecadores, como o filho mais velho condenava o irmão caçula, enquanto isso Jesus oferecia o perdão como o pai da história.


O filho mais velho sempre se viu como um empregado a serviço do pai, buscando desta forma, atrair para si a atenção de todos e o prestígio de filho querido. Não entendeu que para seu pai ele nunca fora um empregado, mas sempre um filho querido. Isso fica evidente quando seu pai responde dizendo “Meu filho, tu sempre estás comigo; Tudo o que é meu, é teu”. Ou seja, se até aquele dia ele não pegara nem um cabrito para festejar, não foi porque o pai não o dera, mas porque ele não entendera que ele não era um empregado, mas um filho. O irônico aqui é que o filho mais velho sempre trabalhara pensando em ganhar algo que já era dele. Desejava ter privilégio de filho, mas se via como empregado. Por vezes passamos a vida servindo a Deus como empregados e não nos deliciamos dos privilégios de nos relacionarmos com ele como filhos. Deus deseja filhos, não empregados.

Como filho ele deveria ter visto o sofrimento do pai quando o irmão mais velho foi embora. Mas como “empregado”, a tristeza de seu pai não o sensibiliza e muito menos desperta nele nenhum sinal de que se importa. Como “bom empregado”, ele trabalha muito na fazenda de seu pai. Faz seu serviço, cumpre com sua obrigação, mas nunca se deixa envolver num relacionamento de amor com o pai. Apesar de estar dentro de casa, ele se revela como alguém que sempre esteve longe do coração, tendo um relacionamento frio com seu pai. Na verdade, ele também estava perdido, só que dentro de casa.

Mas é possível estar perdido dentro de casa? Ah meu amigo, é possível sim! É possível nos envolver tanto com o trabalho da Igreja de Deus e deixarmos de dar a atenção necessária para o nosso relacionamento pessoal com o Deus da Igreja. Isso além de preocupante chega a ser trágico. Apaixonamos pela Igreja, pela sua história e doutrinas, mas nunca por Jesus. Deus deseja filhos, não empregados.

Depois de despertar a atenção do filho mais velho de que tudo era dele, o pai o orienta sobre a importância de se valorizar as pessoas em detrimento das coisas. Ele diz: “Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado” Lucas 15.32. Enquanto o filho pensava numa festa somente com os amigos sem considerar a presença do pai, a comemoração do pai incluía toda a família. Com essas palavras o pai faz um apelo emocionado para que o filho entre em casa e comemore com a família a volta do irmão perdido, que fora achado vivo.


Mas o que aconteceu? Qual o fim da história? O filho mais velho entrou ou não entrou para comemorar? Jesus deixou a história não terminada e o dilema não resolvido de propósito. Os fariseus queriam saber. Todavia, agora eles entenderam o convite. Entenderam que Jesus os estava convidando a entrar e tomar assento com ele, receber os publicanos e pecadores como irmãos arrependidos e participar da festa. Todavia, o efeito foi ao contrário. Os fariseus e escribas decidiram, daquele dia em diante, de que fariam tudo para tirar a vida de Jesus. Foi imediatamente após aquele jantar que eles colocaram o plano de assassinato de Jesus em prática.

Assim, todos nós que ouvimos essa história escrevemos um final bem pessoal, tudo dependerá da maneira como eu e você reagimos com a bondade de Deus para com os pecadores arrependidos. O fim da parábola é um convite a mim e a você. Vamos aceitar o filho mais novo em casa depois de tudo o que fez contra Deus e contra a nossa família da fé? Vamos nos alegrar com os Céus e festejar o seu retorno? O convite de Jesus não é o de ocupar um mesmo espaço físico, chamado hoje carinhosamente de Igreja. É muito mais do que isso, é um convite ao desenvolvimento de um relacionamento amoroso com ele e com seus filhos e filhas, perdidos e achados, diariamente.

Quando nos recusamos a relacionar com um irmão ou irmã, isso significa que ainda estamos do lado de fora da casa, longe da festa. Hoje Jesus te convida a entrar, abrir mão da ira ou mesmo do orgulho, e festejar com a família. Você aceita o convite?

domingo, 16 de maio de 2010

De olho na estrada


Lucas 15, o capítulo das coisas perdidas tem como propósito mostrar a alegria nos Céus quando um pecador se arrepende. As duas primeiras parábolas (ovelha e moeda) ilustram isso muito bem. Já a terceira parábola, bem, ela se divide em três partes distintas e nos trás, além do propósito principal, mais dois grandes ensinos.

Com o filho mais novo (vs. 11-19) aprendemos que não existem prazer e alegria duradoura na terra distante longe da casa do pai. Hoje aprenderemos mais sobre a alegria e o coração amoroso do pai quando o filho decide voltar (vs. 20-24), e no domingo que vem o ensino mais surpreendente da parábola (vs. 25-32). Mas isso é assunto para domingo que vem. Por enquanto, leiamos novamente a parábola do filho pródigo em Lucas 15.11-24.


Quando o filho pediu sua herança, a expectativa dos primeiros ouvintes de Jesus era de que o pai castigasse o filho rebelde. Por causa da mancha em sua honra causada pelo comportamento do filho rebelde, o pai deveria puni-lo publicamente. Para isso, o pai deveria dar um tapa no rosto do filho e depois fazer um cortejo fúnebre como sinal de que aquele rapaz não pertencia mais à família por estar morto. Isso se revela no momento em que o pai tenta convencer o irmão mais velho a participar da festa. Ele diz “Pois este seu irmão estava morto e reviveu” (vs. 32).

Quando o filho perdido voltou para casa, a expectativa era de que o pai revisse seu erro de não punir o filho quando de sua saída e o fizesse agora. Para os fariseus o filho perdido estava morto para seu pai. Ele teria muita sorte se seu pai o aceitasse como um de seus empregados, ou melhor, como um de seus escravos. E isso já seria misericórdia demais.

O pai, em nome da honra, deveria deixar aquele rapaz assentado no chão no portão da fazenda por vários dias esperando ser atendido. Isso faria com que todos que passassem por ele o desprezassem e até cuspissem nele. Afinal de contas ele manchou a honra da família e deveria ser exposto à vergonha em público. Ele simplesmente teria de ficar lá e agüentar enquanto esperava.

Tal tratamento, apesar de nos parecer duro demais, seria visto como um ato de grande misericórdia por parte do pai. Pela lei (Dt 21.21) filhos rebeldes deveriam ser apedrejados em praça pública pelos homens da cidade para que dessa maneira fosse eliminado o mal do meio do povo.

Depois de ter sido exposto no portão da fazenda, se o pai quisesse encontrar com o filho rebelde, isso deveria ser feito com o máximo de indiferença e frieza, sem demonstrar nenhuma afeição. O filho beijaria os pés do pai e pediria sua misericórdia. Não deveria sequer olhar no rosto do pai e muito menos ficar de pé diante dele. O pai então o comunicaria sobre qual seria o seu trabalho e a quem ele deveria se reportar e em seguida se retirar com a expressão de “honra lavada”.


A essa altura, a parábola de Jesus de repente tem outra reviravolta dramática e inesperada. Ali estava um pai não só disposto a conceder misericórdia em retribuição pela promessa de uma vida de escravidão, mas ansioso por perdoar ao primeiro sinal de arrependimento: “Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou” (Lc 15.20).

Depois que o filho partira, o pai nunca mais tirara os olhos da estrada. Até que um dia, estando à porta da fazenda, alguém avistou ao longe um “estranho”. O pai rapidamente olha para a estrada e quase não acreditando sussurra: “Estranho? Não. Eu conheço aquele andar, é o meu filho!” e imediatamente sai correndo ao encontro dele.

Mas além de correr, o pai abraçou e beijou o filho. Ao fazer isso, o pai estava tirando a atenção do povo sobre o pecado do filho e atraindo para si o olhar condenatório de toda a sua gente. Com este ato, o próprio pai carregaria a vergonha e suportaria a zombaria no lugar do filho. O filho perdido estava disposto a beijar os pés do pai. Em vez disso, o pai beijou o rosto fedendo a porco, sujo e triste do filho.

Após ser abraçado e beijado pelo pai, o rapaz recita sua fala ensaiada durante toda a sua caminhada: “Pai, pequei contra o céu e contra ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho” e antes de terminar a sua fala onde pediria para ser recebido como um trabalhador, ele é interrompido pelo pai dando ordens aos servos para que preparassem um bom banho, calçados e roupas dignas para seu filho, bem como um banquete. Era urgente perdoar o filho faltoso.

O filho perdido não conseguiu chegar a falar tudo o que planejara, pois quando ele completou a primeira parte, o pai já o tinha recolocado no posto de filho querido, e a grande comemoração estava por vir. O menino não havia feito nada para reparar o seu erro, o que torna o perdão do pai ainda maior. O erro, a desonra e a vergonha seriam pagos pelo pai.

Imediatamente o pai oferece três presentes ao filho arrependido. Sandálias, roupas e anel. Os três presentes tinham ricos significados. O calçado era usado apenas pelos nobres e pessoas importantes. Tal atitude revela a aceitação do rapaz como filho. As roupas dadas ao filho eram roupas especiais que davam honra a quem as vestisse. O anel era sinal de aliança entre os membros da família. Ele dava autoridade e reconhecimento ao seu usuário.

Se a forma como o pai perdoa o filho não o faz chorar de gratidão, então você provavelmente nunca se sentiu na posição de filho perdido e precisa orar por arrependimento.


Esta parábola revela muito o tipo de relacionamento que temos com Deus. O filho mais novo, representando as pessoas que estão perdidas, que sabem que estão perdidas e que só voltam pra casa quando não tem mais nada o que fazer para sobreviver, volta humilde por causa de sua condição.

Na verdade, o filho perdido quer sair do pântano do pecado, e seu primeiro instinto é elaborar um plano. Primeiro pensa em acertar algumas coisas para depois voltar para casa. Ele vai mudar. Se dispõe a trabalhar para se livrar da culpa. Mas tal plano nunca poderia dar certo. O débito é muito grande para reparar e o pecador não tem como mudar a situação.

Então, como o pai a espera do filho, se põe sobre os dedos dos pés, olha a distância na expectativa de nosso retorno. Ao nos ver corre e nos abraça. Abraça-nos fedendo a chiqueiro, sujos, maltrapilhos, e claro, derrotados. Cristo toma toda a vergonha para si mesmo, sofre as críticas e as injúrias e paga o preço do meu e do seu pecado. Ele nos abraça forte, derrama seu imenso amor sobre nós, concede sua graça completa e nos reconcilia com Deus.

Então, dá banho na gente, calça sandálias em nossos pés e veste-nos com roupas limpas, novas, e de honra. Como se não bastasse, renova a aliança conosco, aquela que um dia desprezamos e nos trata como filhos amados. É isso que é difícil entender. Por que ele nos amou tanto? Nunca conseguiremos entender. Mas, podemos aceitar. Aceitar seu amor que nos constrange. Constrange a uma vida digna e que honre o seu nome. Afinal de contas, ele nos fez nascer de novo. “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”. É hora de comemorar! Afinal de contas, voltamos pra casa. Seja bem vindo ao lar.

E o filho mais velho? Como viu toda aquela festa e atitudes do pai? Bem, isso é assunto para o nosso próximo domingo.

domingo, 9 de maio de 2010

A vida na "terra distante"


Na semana passada vimos que Lucas 15, o capítulo das coisas perdidas, nos apresenta três tipos de pessoas perdidas. A ovelha perdida representa aqueles que estão perdidos, sabem que estão perdidos, mas não sabem o caminho de volta para casa. A moeda perdida representa aqueles que estão perdidos, não sabem que estão perdidos, não conhecem o caminho de volta para casa. Já o filho perdido, representa aqueles que estão perdidos, sabem que estão perdidos, conhecem o caminho de volta para casa, mas não tem forças para voltar.


Hoje, abordaremos especialmente o caso do filho perdido. O texto inicia nos apresentando uma família composta por um pai e dois filhos. Num determinado dia o filho mais novo causa um tumulto em casa. Pelo visto, ele não tinha motivos para causar qualquer problema, constrangimento ou desonra para a família. Ele certamente contava com o amor do pai, o companheirismo do irmão e a admiração de todos os funcionários da fazenda. Filho de um fazendeiro bem sucedido, nada lhe faltava. Todavia, em um determinado momento, isso não lhe bastou.

Próprio da idade, o filho mais novo se deixa seduzir pelo espírito inconseqüente de aventura. Chega ao pai e faz um pedido desrespeitoso. “Pai”, disse ele. “dá-me a parte que me cabe da herança” (vs. 12). Que absurdo! Afinal de contas, herança não é algo que possuímos após a morte dos pais? Nunca antes! O pedido desse rapaz é desprezível porque com ele a mensagem que transmite é que para si, o pai já era, está morto. Ele poderia ter chegado junto ao pai, falado de sua decisão de ir embora, até pedido alguma ajuda financeira e partido ainda que sem a aprovação e desejo do pai. Mas, pedir a herança foi demais.

Tal atitude revela o desprezo por tudo que o pai conquistara até então. Certamente estava convencido de que viver na casa do pai, cuidar da lavoura e do gado, consertar cercas e administrar uma fazenda não era um tipo de vida digno de um jovem. Mas ainda havia a possibilidade de trabalhar em outro ramo, o pai certamente entenderia isso. Mas o que aconteceu? Ele desejou desfrutar de todo o prazer que o mundo podia lhe oferecer, se divertir de segunda a segunda, sem ter que trabalhar um único dia, confiando apenas na fortuna do pai. Trabalhar? Para quê? Meu pai é rico e quando ele morrer terei uma boa grana como herança. Mas, pensa ele, porque devo esperar sua morte para curtir tudo que a vida oferece? Que ele me dê agora a parte que me pertence! Com isso este filho revela que nunca amara o pai, suportava sua presença apenas por causa da herança que receberia com a morte dele.

Diante de seu pedido desprezível, o pai faz os cálculos e lhe põe nas mãos todo o dinheiro que sempre desejara. Mas, o que levou o pai a tomar tal atitude? Ele não poderia ter-lhe despedido apenas com uns trocados? Ele não poderia ter dado ao garoto um sermão pela falta de respeito? Por que ele não tomou uma decisão diferente? Isso é o que veremos no próximo domingo. Por enquanto vamos nos ater apenas ao filho mais novo.

O que fez o filho mais novo quando recebeu a sua parte da herança? Lucas nos diz: “Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante”. Passados não muitos dias. Isso mostra-nos a rapidez com que o pecado destrói tudo aquilo que toca. Com o dinheiro nas mãos, não havia tempo a perder. Partir para uma terra distante onde não havia leis paternais, responsabilidades como o filho do Sr. Fulano de tal, e muito menos a obrigação de manter o status de bom moço, trabalhador, religiosos, era algo urgente.

Assim é o pecado. Você começa a brincar fumando apenas um cigarro, e ‘passados não muitos dias’ você se torna um viciado; você toma apenas uma cervejinha com os amigos e ‘passados não muitos dias’ você se torna um alcoólatra. Você assiste algumas cenas “inocentes” e picantes na TV ou no PC e ‘passados não muitos dias’ você se torna um escravo do sexo. Você abraça um segundo trabalho apenas para pagar as dívidas e ‘passados não muitos dias’ você se torna um avarento insaciável. É próprio do pecado. Ele certamente destrói tudo aquilo que toca.

Distante de casa, com o bolso cheio e a cabeça vazia, não foi difícil encontrar muitos amigos oportunistas. O filho mais novo curte a vida como sempre sonhara. Bebe todas, vende sua honra por uns trocados, passa noites em boates, dorme até tarde e levanta com uma ressaca insuportável e se gaba com os amigos de sua própria dor, afinal de contas estava naquela condição porque “curtiu” a noite inteira. Levanta e se apronta para mais uma noitada. Afinal, a vida tem de ser aproveitada e o desejo não pode esperar. Sem se dar conta das conseqüências de seu ato, gasta tudo o que seu pai lhe passara as mãos. É fato que aquilo que nos vem a mão de maneira fácil, nós não valorizamos. Foi o que aconteceu com o filho mais novo.

Em nosso relacionamento com Deus quantas vezes fazemos o que fez este filho. Estamos em casa com o Pai por causa de suas bênçãos e não por causa de quem ele é, nem mesmo por aquilo que ele representa para nós. Um dia, nos cansamos e dizemos: “Chega! Todos os meus amigos estão curtindo a vida ao máximo lá fora, e eu aqui, como cristão, estou apenas observando a vida passar e não consigo ver alegria nenhuma.” Com o coração rancoroso, justificamos nossa saída culpando Deus e a nossa família por tamanho infortúnio. Dizemos: “Essa igreja só tem gente falsa. Falam de amor, mas não vivem. Deus? Não me ouve mais. Parece que tem prazer em me castigar. Oro e ele não me responde. Basta, não quero mais ser cristão. Tome aqui a minha carta de exclusão e, por favor, me esqueçam.” Dessa forma saímos para uma “terra distante” com o único propósito de satisfazer cada desejo que até então estava reprimido.


Mas a vida não é feita só de alegria e prazeres. Quando o dinheiro acabou, o filho mais novo perde seus amigos. Agora se quisesse teria que trabalhar para comer e sustentar seus prazeres. Para piorar, a “terra distante” não é uma terra abençoada. Ali a existência de pessoas morrendo de fome é uma grande realidade. Diante desse quadro, busca um bom emprego. Mas como arrumar um bom emprego se ele nunca levou os estudos a sério? Como ganhar bem se nunca aprendera uma profissão? Agora sem dinheiro, sem amigos e sem nenhuma formação profissional o que lhe resta é cuidar de porcos. A situação é tão deprimente que o seu empregador não lhe dá sequer um prato de comida para depois mandá-lo ao chiqueiro cuidar dos porcos. Jesus diz que ele desejou comer a comida dos porcos, mas ninguém lhe deu nada. É preciso trabalhar para só depois receber o salário e assim comprar comida e matar a fome. O filho mais novo aprendeu isso da pior maneira possível.

Isso é o que encontramos quando estamos distantes da casa do Pai. A “terra distante” que nos parecia prazerosa torna-se seca e sem vida. Os amigos oportunistas desaparecem em meio a dor. Quando estamos em sofrimento não importa quantas pessoas nos conhecem, mas quantas se importam. Distantes de Deus, isso é perceptível mais do que possamos imaginar. O máximo que a “terra distante” poderá nos oferecer é cuidar de porcos. Ali, certamente é o caos, e as lágrimas são inevitáveis. Alguns chegam a pensar em dar fim a própria vida.

Entre porcos, sujeira e muito mau cheiro, o filho mais novo “caiu em si” e pensou: “Quantos trabalhadores na casa de meu pai tem pão com fartura, e eu aqui morro de fome!” (vs. 17). Agora a lembrança da casa do pai começa a perturbá-lo. A fome o faz lembrar as saborosas refeições servidas aos trabalhadores na casa do pai. Se para os trabalhadores era assim, imagine como era a refeição dele, como filho amado, na casa do pai. A conclusão inevitável foi: Na casa do meu pai, eu era feliz e não sabia.

Distantes da casa do Pai, somos torturados com as lembranças dos momentos de alegria que deixamos para trás em busca de uma vida de prazeres. Quando, por ter abandonado a casa do Pai, encontro-me sozinho numa “terra distante”, o culto festivo, o bate papo gostoso no pátio e corredores da Igreja, os encontros e as refeições com a família da fé, o companheirismo não interesseiro de irmãos e irmãs em momentos de dificuldades, a mão amiga e o abraço forte em meio aos sofrimentos faz-me a maior falta.


Ao invés de dar fim a própria vida, o filho mais novo toma outra decisão, agora acertada. Disse ele: “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores” (Vs. 18-19). Há um conflito de identidade aqui. Ao mesmo tempo em que o filho mais novo percebe que não tem mais o direito de filho por ter abandonado a família, na busca do sustento diário como trabalhador ele se dispõe a pedir perdão chamando seu velho de “pai”.

Há uma grande lição aqui. Aconteça o que acontecer, uma vez que nos comprometemos com Cristo, nos tornamos filhos do Pai celeste. Nada pode mudar o que ele sente por nós, nem os nossos pecados. “Aquele que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora” disse Jesus. O amor de Deus é incondicional. Ele nos ama apesar do que somos e do que fazemos. Ele nos ama muito para não nos receber, mas nos ama muito mais e por isso não permitirá que permaneçamos os mesmos.

A atitude do filho foi a mais acertada porque em sua fala ele não culpa a ninguém, além de si mesmo. Ele reconhece as próprias faltas diante de Deus e para com seu pai. Está disposto, numa atitude de humildade, trabalhar para seu pai apenas como um de seus trabalhadores. A maneira como será tratado não o assusta. A incerteza de ser aceito também não o desiste. Ele sabe que as conseqüências de seus atos são dolorosas demais, mas se existe algum lugar onde ele poderá ser tratado e curado, é na casa do pai. Sendo assim, custe o que custar, ele decide voltar pra casa, lugar de onde nunca deveria ter saído.

A vida na “terra distante” não dura muito tempo. Ela pode ser prazerosa e atraente, todavia não tem durabilidade. Ela pode ser fascinante, mas sempre termina em tragédia. E quando chegamos ao lugar que ela sempre nos leva, ou seja, no chiqueiro do mundo, então percebemos o quanto fomos inconseqüentes. Essa experiência nos mostra que viver longe da casa do pai nunca deveria ser uma opção. Partir para a “terra distante” deixará seqüelas e cicatrizes das quais nunca nos trará orgulho. O melhor sempre está a nossa disposição na casa do pai.


A Bíblia fala de outro Filho que deixou a casa do Pai. Todavia, tal Filho não deixou em busca de aventuras e prazeres. Não exigiu sua herança. Ele abriu mão de todo o seu conforto porque desejava conquistar homens e mulheres para compartilhar toda a sua alegria na casa do Pai. Jesus deixou seu lar celestial e veio ao mundo como uma pessoa comum. Não ostentava ser um homem rico, nem devasso. Veio com o único propósito de nos convidar a voltar para a casa do Pai e para isso pagou com a própria vida o direito de sermos recebidos com alegria na casa do Pai. Fez isso porque não havia outra maneira de sermos aceitos no lar celeste. Nosso pecado só poderia ser pago por meio do derramamento de sangue inocente. Quando estava prestes a morrer e ressuscitar disse aos discípulos: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Voltarei e vos receberei, para que, onde eu estou, estejais vós também.” João 14.1-3

Hoje, ele te convida a voltar para casa. Você aceita o convite?

domingo, 2 de maio de 2010

Introdução


Deus sempre desejou se relacionar conosco. Ao criar o homem Deus lhe fez um jardim para que ali ele pudesse morar e se relacionar com ele. Mas quando o pecado entrou na história humana, o mais triste foi a quebra do relacionamento íntimo e pessoal entre Deus e o ser humano. Deus se entristeceu não porque uma fruta foi consumida sem a sua autorização, mas a sua tristeza se deu porque o pecado de nossos primeiros pais nos afastou dele.

Por cuidado, o Senhor tirou Adão e Eva do Jardim. O propósito era de que assim eles não comessem do fruto da árvore da vida e conseqüentemente vivessem para sempre distantes de Deus. Após aquele dia, Deus dá início ao resgate do relacionamento quebrado. Lucas 15 mostra a atitude intencional de Deus em trazer seus filhos de volta pra casa.

Vejamos Lucas 15 mais de perto.


Ao olhar para o capítulo das coisas perdidas precisamos antes de qualquer coisa entender o contexto em que Jesus contou estas três parábolas. Quem foram seus primeiros ouvintes e onde Jesus queria chegar com estas parábolas.

Os dois primeiros versículos nos dão conta de que Jesus estava em uma casa comendo com “pecadores e publicanos”. Os publicanos cobravam impostos injustos do povo judeu em nome do império Romano. Desta forma eram considerados pior do que pecadores, e exatamente por isso tratá-los com desprezo não era considerado pelos judeus um pecado.

Jesus estava participando de um grande banquete em companhia de publicanos e pecadores. Estavam presentes vários líderes religiosos judaicos com o intuito de apenas encontrar em Jesus algo que o pudesse condená-lo. Tais homens, por se acharem justos demais, não aceitavam assentar e participar do banquete junto com tais homens.

A um judeu temente a Deus não era permitido comer com esses homens. Isto porque essa prática era reservada apenas para amigos íntimos e de confiança. Ao verem Jesus comendo com tais pessoas, os líderes religiosos murmuravam entre si: “Este recebe pecadores e come com eles”. Ou seja, fazendo isso Jesus se igualava com os pecadores e publicanos e deveria ser desprezado por todos.

Aqui encontramos um exemplo clássico de como uma pessoa pode ser vítima de uma espiritualidade doentia. Pensam que por serem seguidoras de Deus são superiores aos outros. Olham para si com orgulho enquanto desprezam aos outros. O fato de você ter o privilégio de ser cristão não o coloca superior a ninguém. Isso apenas revela que a graça de Deus te alcançou e isso deve produzir em você atitudes de gratidão. Por se acharem justos, Jesus deixa claro que não são dignos de entrarem no Reino dos céus.


Diante da acusação covarde dos líderes religiosos, Jesus conta três parábolas. O motivo é mostrar o porquê ele come com pecadores.

Aqui nós temos três tipos de pessoas perdidas. A ovelha representa aquelas pessoas que estão perdidas, sabem que estão perdidas e não conhecem o caminho de volta pra casa. A moeda representa aqueles que estão perdidos, não sabem que estão perdidos, não sabem o caminho de volta pra casa. Por último, o filho representa aqueles que estão perdidos, sabem que estão perdidos, conhecem o caminho de volta pra casa, mas não tem forças para voltar.

É possível que nesta noite eu esteja falando para pessoas que se encaixam em uma destas três descrições. Você se encaixa em algum dessas três parábolas?

Na parábola da ovelha perdida, somos retratados como pessoas que estão afastadas de Deus por causa de nossa desatenção à sua Palavra. A ovelha normalmente se perdia por desviar-se do caminho e não dar a atenção devida à voz do pastor. Sozinha não sabia se defender. Era só esperar ser atacada por um lobo ou morrer de fome.

Já com a moeda, aprendemos que nos perdemos por insensibilidade. Uma moeda não pode sentir nada. Estar brilhando em cima de uma mesa, ou suja debaixo de um tapete não altera nada para ela. Da mesma forma, existem muitos que Deus é apenas uma história inventada para consolar pessoas fracas. Não temem a Deus, não desejam se relacionar com ele e muito menos estão dispostos a dedicar suas vidas a ele.

A parábola do filho perdido é diferente das outras duas. Nela o filho desobedece intencionalmente. Desfaz de seu pai e o considera como morto. Menospreza todo o cuidado recebido e não consegue perceber o quanto é amado pelo pai. Alguns dizem que só aprendemos a valorizar as coisas quando as perdemos. Esse é o caso.


Mas nem tudo está perdido. Em cada parábola há uma mensagem de esperança.

Na parábola da ovelha perdida, onde somos retratados como pessoas que cometem erros por não darmos ouvidos a voz do pastor, ela nos ensina também sobre o amor de Deus. Ele jamais nos deixaria morrer no deserto. Ele guarda as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu. Procura ATÉ ENCONTRÁ-LA. E ao encontrá-la faz a maior festa.

Na parábola da moeda, o Senhor é retratado pela mulher. Ela ao perceber a falta da moeda, passa o dia fazendo uma grande faxina, ATÉ ENCONTRÁ-LA. Muito trabalho e cansaço são necessários. Mas nada disso a impede de buscá-la e trazê-la de volta para o seu lugar em casa. Deus faz o mesmo conosco. Ele poderia ter destruído o mundo e criado outro. Mas, ele optou amar a mim e a você. Ele nos ama mais do que podemos imaginar. Por causa deste amor ele é capaz de dar sua própria vida na cruz para que pudéssemos voltar para casa.

A parábola do filho perdido, nos ensina que Deus deseja se relacionar conosco através do amor e não por força. O pai da parábola poderia ter impedido o filho de partir, ou pelo menos, partir de mãos vazias. Mas não, ele ama demais para forçá-lo a estar com ele. Deus faz o mesmo conosco. Ele convida você a voltar para casa, mas não usa a força. Ele optou conquistar você pelo coração.

E você deseja voltar para casa?